A vantagem era positiva, o contexto claramente favorável, mas nem por isso o Dragão soube aproveitar. Em casa, a turma de Sérgio Conceição foi derrotada por 2x3 diante do Krasnodar, ficando de fora das próximas fases da Liga dos Campeões.
Apareceram em desvantagem e demoraram pouco mais de dois minutos a empatar a eliminatória. O Krasnodar, chegado ao Dragão em posição algo frágil, entrou em campo para congelar, sendo Vilhena o primeiro protagonista de um autêntico assalto à baliza de Marchesín.
O início foi confrangedor, mas havia muito tempo para jogar. O Dragão empolgou-se, Pepe ameaçou, construiu-se um par de jogadas relativamente perigosas, com Díaz a notabilizar-se pela velocidade e Nakajima pela inteligência, mas os problemas mais atrás abriram espaço para mais um golo. O risco (sem organização) saiu caro, voltaram a aparecer as tais brechas defensivas bem visíveis no jogo de estreia do campeonato e Suleymanov deu o primeiro ar de sua graça.
A partir daí, foi confrangedor assistir à exibição da turma de Conceição. Nas bancadas desesperava-se por uma única ideia no futebol ofensivo, mas a equipa que na época passada esteve entre as oito melhores do futebol europeu colecionou más ações e demonstrou um nervosismo poucas vezes visto em jogos do Dragão, que assistiu em choque à materialização da goleada. Telles ficou na linha final da baliza de Safonov, a compensação não foi bem feita e Suleymanov mostrou, aos 19 anos, que é um dos talentos a ter em conta no Krasnodar.
A perder por três golos de diferença, Conceição tentou mudar o rumo dos acontecimentos. Saravia (muito assobiado à saída) deixou de ter problemas com um intratável Wanderson, Sérgio Oliveira ainda assustou na meia distância, mas foi impossível fugir ao coro monumental de assobios no momento do apito para o descanso. Um autêntico choque.
Se as coisas não estavam propriamente bem, pior ficaram nos primeiros minutos da segunda parte. Sérgio Oliveira foi obrigado a sair por lesão, os problemas em produzir algum futebol de qualidade na frente continuaram e o Krasnodar, sempre inteligente a explorar tanta fragilidade, esteve muito perto do quarto, depois de mais um bom apontamento individual de Wanderson e de uma abordagem despropositada de Marcano. Marchesín disse presente...e de que maneira - o reforço para a baliza vai somando uma grande intervenção por jogo.
Em total êxtase, as bancadas empurraram os azuis e brancos para o golo que abriu definitivamente a questão da eliminatória. Díaz, nem sempre o mais esclarecido a tomar a melhor solução para a equipa, teve arte e engenho para fletir da esquerda para o meio e reduzir um marcador que chegou a estar bem desequilibrado. Tudo em aberto!
Conceição, então, colocou Aboubakar na frente de ataque e o FC Porto apostou tudo nos cruzamentos e no jogo exterior, numa altura em que Corona, Telles e Díaz davam sinais de muito cansaço. Ainda houve alguns frissons, mas este ano o Dragãoo só vai jogar na Liga Europa.
⏰Apito final: FC Porto 2-3 Krasnodar
— playmakerstats (@playmaker_PT) August 13, 2019
⚠️Será a 15.ª participação do 🔵FC Porto na Europa League; a última vez que participou na fase de grupos da prova os dragões conquistaram o troféu frente ao SC Braga (2011) em Dublin pic.twitter.com/bm3XmeXtuD