Seria impossível um pior arranque no campeonato para o FC Porto, mas apenas três dias depois da partida de Barcelos os dragões têm pela frente um jogo em que têm ainda mais a perder, porque é um jogo que decide uma eliminatória. Afastar o Krasnodar não garante os milhões da Champions, mas é obrigatório para os manter em vista.
O golo de Sérgio Oliveira em solo russo, associado a uma exibição bem mais positiva do que na estreia na Liga, significa que garantir em casa a presença no play-off é mais do que uma possibilidade, é um cenário bem ao alcance, desde que não haja uma noite de total desnorte em casa.
Há que ter em conta que o Krasnodar mostrou na primeira mão, e em particular na segunda parte, que pode ter uma palavra a dizer na eliminatória. Há qualidade e critério no meio-campo, com jogadores de algum renome como Vilhena ou Cabella, há Wanderson ou Namli como armas de flancos e há uma novidade em relação à primeira mão: Ivan Ignatyev.
O ponta-de-lança de apenas 20 anos, que não foi opção no duelo em solo russo, está com a corda toda: marcou três vezes nos últimos dois jogos em casa do Krasnodar e foi ele quem decidiu a partida frente ao Rubin Kazan no sábado. É uma nova arma a ter em conta, com a frescura que já falta a Marcus Berg.
O FC Porto, no entanto, não tem como fugir ao favoritismo: está em vantagem, joga em casa, tem a experiência europeia que os russos não têm de todo, tem jogadores que podem dar mais do que o que já fizeram esta época. Não nos esqueçamos, apenas como exemplo, que Marega marcou seis vezes na última Liga dos Campeões e ainda procura o primeiro golo em 19/20.
O capitão portista é a principal dúvida para a partida. Não foi visto no último treino antes do jogo, estava «verdadeiramente limitado» na véspera do jogo, mas o treinador não deu como garantida a ausência.
Se jogar, não haverá muito que saber nessa zona: tudo apontará para que se recupere a dupla da primeira mão, com parceria entre o capitão e o jogador que decidiu esse jogo. Se não jogar, e esse é o cenário mais provável, haverá uma série de hipóteses com algumas implicações táticas, já que o jogador que mais se assemelha a Danilo no plantel (Loum) não está disponível.
Entre os 100% disponíveis e que têm tido direito a titularidade neste início de época, há também elementos em claro sub-rendimento, como Manafá ou Soares. Irá Sérgio Conceição reforçar a aposta apesar das debilidades demonstradas no arranque ou dar oportunidades a outros?
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