O Peru voltou a surpreender na Copa América ao bater o Chile (0x3) nas meias-finais da prova, garantindo a tão desejada final. A equipa de Ricardo Gareca defendeu muito bem e atacou ainda melhor, com uma estratégia bem definida que se revelou certeira.
Não houve surpresas nos onzes iniciais – a ausência de Fárfan era esperada -, com os dois treinadores a repetirem o onze que lhes valeu o acesso ás meias-finais. Carrillo foi titular na extrema direita no Peru e esteve em plano de destaque.
Se o Chile era favorito à entrada para a partida, depressa se percebeu que os peruanos não estavam em campo para ser bombo da festa ou apenas uma ponte até à tão desejada final. Os homens de Ricardo Gareca entraram a todo o gás, com uma estratégia bem delineada e podiam ter inaugurado o marcador logo a abrir.
Não marcaram por pouco e…não sofreram por pouco, minutos depois, mas a verdade é que estavam melhor e Édison Flores tratou de transformar essa superioridade em vantagem no marcador aos vinte minutos. Belo cruzamento da direita, desvio de Carrillo e finalização certeira do extremo a abrir o ativo.
Os chilenos viam o caso mal parado e assumiram o jogo e a procura pela igualdade – Alexis quase surpreendeu de canto direto -, mas a excelente exibição defensiva do Peru não permitia que a posse se traduzisse em oportunidades.
Mais do que defender muito bem, o Peru soube sempre sair rápido, alguma vezes através de bolas longas, mas sempre com muito critério e foi num desses lances que os peruanos dilataram a vantagem. Bola longa em Carrillo, que aproveitou a saída disparatada de Gabriel Arias e cruzou atrasado para Yotún, que não vacilou e atirou a contar.
A precisar urgentemente de marcar, o Chile entrou diferente, para melhor, e não demorou a causar perigo – valeu o poste a negar o golo a Vargas. Ainda assim, mais uma vez, voltaram a ser os peruanos a encantar com o melhor lance coletivo do encontro que Yotún desperdiçou à boca da baliza.
O lance foi, no entanto, uma exceção num segundo tempo em que os chilenos fizeram de tudo para marcar. As oportunidades sucediam-se mas, mesmo depois de ultrapassarem a barreira defensiva do Peru, estava lá Pedro Gallese.
O guardião peruano foi uma autêntica parede, segurou a sua seleção no encontro e Paolo Guerrero tratou de fechar as contas já para lá dos 90’, ao som dos «Olés» que ecoavam nas bancadas. Houve ainda tempo para uma grande penalidade a favor do Chile, mas «San Pedro» negou a panenka a Vargas.