Mais um jogo, mais uma desilusão. Messi marcou, mas a Argentina voltou a perder pontos, empatando a um golo diante do Paraguai e assegurando o primeiro lugar do grupo para a Colômbia de Queiroz.
Para o segundo jogo na Copa América, Scaloni apostou na mudança, substituindo quatro unidades, deixando o portista Saravia e os consagrados Aguero e Di María no banco de suplentes. Uma Argentina em 4x3x3, mas sem nunca a conseguir aproveitar o talento de elementos como Lo Celso (bem tentou, o homem do Bétis), Paredes, Lautaro e Messi, quase sempre demasiado colado à linha lateral...
O Paraguai, não jogando um futebol encantador, soube sempre anular a posse de bola inconsequente da seleção das Pampas, criando um par de ocasiões através da qualidade técnica de Almirón e da velocidade de Derlis, que esteve muito perto de inaugurar o marcador à passagem da meia hora, num remate desviado pela defensiva argentina que quase traía Armani.
A menos de dez minutos do intervalo, Almirón, um dos melhores na primeira parte, partiu para cima do flanco direito defensiva da turma de Scaloni, cruzando com conta, peso e medida na direção de Sánchez, que rematou para o fundo das redes de um desamparado Armani. Tão desamparado que o VAR ainda haveria de lhe perdoar uma expulsão, em mais um lance de total desorientação. Pobre, muito pobre.
Já com Aguero para fazer companhia a Lautaro na frente de ataque, a Argentina demonstrou outro futebol nos segundos 45 minutos. As melhorias não foram muitas, é certo, mas as suficientes para criar jogadas de ataque, para fazer aparecer (a espaços) o génio de Messi e para chegar à igualdade, através da marca de grande penalidade, depois do árbitro consultar durante largos minutos o VAR.
A Argentina tentou, até ao final, a reviravolta, mas a entrada de Di María e a consequente mudança de sistema não trouxeram novas variantes ao ataque das Pampas. Não há Messi que resista a esta pobreza coletiva...