O fim da época 2018/19 trouxe um momento especial para dois guarda-redes. Gonçalo Portugal, do Sporting, e Rui Pedro, do Modicus, podem estar prestes a fazer a estreia pela seleção nacional de futsal.
Numa entrevista ao site da FPF, os dois guarda-redes falaram da tão esperada estreia, que ainda não aconteceu para o guardião dos leões, nem para Rui Pedro, que foi convocado para um estágio em 2018, mas não chegou a jogar. Afinal, quem jogará primeiro?
Gonçalo Portugal: «Por mim é igual. Por experiência própria, sei que o Selecionador costuma trocar, por isso tanto me faz. Se calhar jogo eu o primeiro e o Rui Pedro o segundo [risos]. É indiferente».
Rui Pedro: «O que interessa é vencer. Isso é o mais importante. Depois, a nossa estreia também significará um momento único para as nossas carreiras e as nossas vidas».
Um debate que os dois guarda-redes podem ter durante praticamente todo o estágio, uma vez que os colegas de seleção também são colegas de quarto.
Gonçalo Portugal: «Vimos de contextos diferentes, falamos dos nossos momentos e é muito boa essa partilha, até para percebermos outras perspetivas e pontos de vista. O espírito na Seleção é muito bom. Já nos conhecemos todos no contexto de clube ou por sermos adversários. Esta união que existe na Seleção é muito boa».
Rui Pedro: «Trocamos experiências que cada um já teve oportunidade de vivenciar no futsal (...) o importante é aproveitar ao máximo esta oportunidade que nos está a ser dada. O facto de sermos chamados é sinal de que depositam grande confiança em nós para o presente e para o futuro. Agora compete-nos fazer o nosso trabalho e mostrar que realmente merecemos esta confiança que o mister nos está a dar».
Se Rui Pedro foi titular do Modicus durante toda a época, Gonçalo Portugal foi habitual suplente de Guitta, no Sporting. Uma situação que, na opinião dos dois guarda-redes, acaba por não ter importância neste contexto.
Gonçalo Portugal: «É verdade que o meu papel no Sporting exige força mental. Mas vamos trabalhando ao longo da semana. Temos um trabalho intenso nos treinos e isso reflete-se quando somos chamados ao jogo até à última hora para conseguirmos corresponder às solicitações. Temos de estar sempre preparados para tudo. Posso ter menos minutos de jogo que o Rui Pedro, mas se calhar a exigência e o contexto poderão ser diferentes».
Rui Pedro: «Na minha opinião, não se trata de uma vantagem ter jogado mais tempo. O Gonçalo tem vindo a treinar no clube até esta última semana, enquanto eu já estou parado há mais tempo. Tenho vindo a trabalhar individualmente para não perder o ritmo. Estamos os dois em forma e não há desculpas para nenhuma situação»