Após 16 épocas ao serviço do Braga, as últimas 13 consecutivas, André Machado termina a carreira de futsalista com o sentimento de dever cumprido. Um jogador que se tornou uma referência no clube, dentro e fora do campo, sendo, unanimemente, considerado o maior símbolo do futsal arsenalista.
Ao zerozero, André Machado, de 35 anos, mostra-se «orgulhoso por ficar na história do Braga» e elegeu a participação na UEFA CUP, em que apontou o golo decisivo no caminho para a ronda de Elite, como um dos momentos mais marcantes da carreira. Por outro lado, fica o «amargo de nunca ter conquistado um troféu nem representado a seleção».
Fim de carreira: «Tinha todas as condições para continuar a jogar, mas é tempo de dar prioridade à vida pessoal e familiar. Sentimento de enorme orgulho por ter ficado na história do Braga ao estar presente nos grandes momentos do clube, como a final do campeonato, finais das taças e participação na UEFA Cup».
Sem arrependimento: «Poderia ter enveredado pelo profissionalismo, quando estava na Fundação Jorge Antunes, mas não me arrependo nada dessa decisão. Dediquei-me à minha profissão e sinto que tomei a opção correta. O facto de não ter sido profissional poderá ter influenciado a que nunca tivesse sido convocado para a seleção nacional. Foi o que me faltou, bem como a conquista de um troféu, que o Braga já merecia».
Luta desigual: «É muito complicado ganhar troféus, pois o Sporting e o Benfica têm um investimento muito maior e estruturas completamente profissionais. O Braga evoluiu muito e tivemos momentos muito bons. Fizemos a nossa obrigação».
Despedida: «Acho que irei ser recordado como alguém que nunca virou a cara à luta e esteve presente em todos os momentos. Guerreiro uma vez, guerreiro para sempre. Em termos diretivos será muito difícil regressar. Para treinador, se calhar daqui a alguns anos para as camadas jovens».
Referência: «As pessoas olham para mim como uma referência. Sempre fui muito sociável, respeitador e respeitado. É isso que simboliza o Braga: saber respeitar e ser respeitado».
Adepto para a eternidade: «O maior troféu que o futsal me deu foram os muitos amigos que ganhei. Dificilmente representaria outro clube que não o Braga. É o meu clube e passarei a acompanhá-lo como adepto. Estou muito orgulhoso por ficar na história do Braga».