Na antecâmara da final da Taça de Portugal, entre Sporting e FC Porto, o zerozero recuou até 2007/2008 para recordar o último jogo do Jamor entre Dragões e Leões, decidido por um autêntico herói improvável.
Se o Sporting procurava a segunda Taça de Portugal consecutiva, o Dragão ia em busca da segunda dobradinha em três anos, a primeira com Jesualdo ao comando. Entre tanto equilíbrio, o Sporting de Paulo Bento, habituado a dificultar a vida ao então crónico campeão, foi mais feliz.
Bicampeão nacional em título, o FC Porto demonstrou desde muito cedo superioridade face à concorrência para nova revalidação do título, ficando por perceber a capacidade da equipa em continuar competitiva numa prova a eliminar. A resposta foi clara: até ao Jamor, cinco vitórias, goleadas e nenhum golo sofrido.
O Sporting, por outro lado, sofreu como poucos para chegar ao jogo decisivo. A vitória diante do Benfica, na meia final, depois de cinco golos marcados em meia hora, continua a ser, ainda hoje, encarada como um dos dérbis mais apaixonantes da história. Em suma, depois de tão marcante reviravolta, a Taça só podia ir para Alvalade.
No Jamor, a final foi equilibrada. Sinal mais para o Sporting no início, boa reação portista, alguma polémica e uma expulsão de João Paulo que deixou o Dragão à mercê da inspiração (ou falta dela) do ataque leonino. Quando tudo parecia apontado para as grandes penalidades, Tiuí, uma espécie de suplente crónico desse conjunto verde e branco, no prolongamento, marcou a dobrar e deu a 15ª Taça ao Leão.
2-2 (5-4 g.p.) | ||
Bas Dost 101' | Tiquinho Soares 41' Danilo Pereira 45' (p.b.) Felipe 120' |