Prometeram e cumpriram

Não faltou qualidade e emoção à primeira mão das meias finais da Liga Europa, entre Eintracht Frankfurt e Chelsea, que terminou com um empate a uma bola. As duas equipas entregaram-se ao jogo de corpo e alma, houve domínios repartidos, bons desenhos atacantes e um Chelsea mais perdulário. Tudo em aberto, portanto. 

Ora dominas tu, ora domino eu

À procura de se assumirem como formações marcadamente ofensivas, Eintracht e Chelsea protagonizaram um primeiro tempo interessante. Hutter e Sarri demonstraram respeito e atenção pelo adversário, mas a filosofia de cada um nunca esteve em causa, tendo o domínio sido repartido ao longo dos primeiros 45 minutos.  

Os adeptos alemães não precisam de cadeiras ©Getty /

Em desvantagem, os blues reagiram muito bem. Com um meio-campo rotativo a empurrar as linhas de pressão do Eintracht para trás e os alas a aparecerem tanto em zonas laterais como centrais, o Chelsea acabou por chegar de forma justa à igualdade, através de um remate de Pedro, que beneficiou do trabalho e da perseverança de Loftus-Cheek. 

Mais azul

Se os comandados de Sarri já tinham terminado a primeira parte como a melhor equipa, o que dizer do segundo tempo dos londrinos? Perante um Eintracht sem grandes soluções para sair em transição e jogar o seu futebol no meio campo contrário, o Chelsea atacou, pressionou e justificou um segundo golo...que nunca apareceu. 

O Eintracht, a jogar em casa, sentiu a capacidade de pressing do Chelsea, esteve perto de sofrer a reviravolta, mas os últimos 10 minutos trouxeram melhorias e uma equipa, novamente, com capacidade para jogar no meio campo contrário e para assustar uma linha defensiva blue que passou boa parte da etapa complementar no último terço...adversário. 

Gonçalo não andou longe do golo... ©Getty /

Entre as várias oportunidades, destaque para um duplo momento de jogadores bem conhecidos do futebol português. David Luiz, na cobrança de um livre direto, acertou no ferro da baliza de Trapp; Gonçalo Paciência, na sequência de uma jogada de insistência do ataque alemão, só não marcou porque, precisamente, o central ex-Benfica apareceu para salvar uma eventual derrota que seria francamente injusta para a melhor equipa em campo.