Luiz Phellype tem estado em grande forma, com cinco golos apontados nas últimas quatro jornadas, ao serviço do Sporting. Em entrevista à Sporting TV, o avançado falou sobre a história da sua carreira, passando ainda pelo excelente período que vive, o bom ambiente no balneário leonino e algumas curiosidades.
O avançado brasileiro começou por explicar como é que surgiu a possibilidade de sair do Brasil para a Bélgica e, mais tarde, para Portugal.«A equipa onde eu jogava no Brasil não tinha seniores e eu precisava de sair para algum lado. O meu agente ligou-me, falou-me do interesse do Standard de Liège e eu aceitei, porque nunca tive medo de jogar noutro lado. A adaptação foi difícil porque era um país muito frio e a equipa só tinha um brasileiro, o Kanu, mas foi uma experiência muito boa e aprendi muito lá», começou por referir.
«Assim que soube que podia vir para Portugal quis vir logo, porque é um país muito parecido com o Brasil no clima e na língua. A adaptação foi muito fácil, a diferença do Brasil para a europa é muito grande, mas da Bélgica para Portugal não, porque a ideia do futebol na Europa é semelhante», prosseguiu.
«Não estava a jogar muito no Estoril e queria jogar. Apareceu o Libolo, eu não pensei muito bem e aceitei, mas foi uma decisão muito má, desportivamente não acrescentou nada. O futebol é totalmente diferente e foi difícil adaptar-me (...) Quando voltei de Angola fiquei no Estoril, mas sabia que não ia jogar e não tinha mais nada. O Paços foi-me lá buscar e acreditou em mim. Por isso, tenho um carinho muito grande pelo clube, eu sempre tive muito respeito das pessoas de lá e sempre os respeitei muito. Fiquei muito contente por voltarem à Primeira Liga. Foi lá que mudei o chip e a mentalidade para me focar em dar o salto e chegar onde eu acreditava que podia chegar».
Sobre os leões, Luiz Phellype, admitiu que foi uma decisão «fácil» e «muito rápida» e deu conta das muitas diferenças de jogar num clube grande e do período de adaptação por que teve de passar.
A nova referência ofensiva do Sporting juntou-se recentemente a um lote que inclui Jardel, Liedson, Montero, Slimani, Bas Dost e Bruno Fernandes, ao marcar em quatro jornadas consecutivas, um feito «gratificante».
«Todos eles são ídolos e nunca imaginei fazê-lo. Eu nem sabia da marca, o presidente só me disse no final do jogo. Eu não me apego muito a esses números, mas é muito gratificante», disse.
O ponta-de-lança de 25 anos elegeu ainda Mathieu como o defesa mais complicado que já defrontou e Ronaldo «fenómeno» como a grande referência de infância. Por fim e já depois de demonstrar o excelente ambiente que se vive no balneário dos leões e de revelar que Acuña é «um dos mais brincalhões», o avançado esclareceu ainda a hitória de Bruno Fernandes sobre o golo diante do Desp. Aves.
«O Bruno contou meia verdade. Realmente houve a jogada que ele contou no treino, mas eu não ataquei o lance porque foi muito para lá da pequena área. O mister viu a conversa, perguntou o que estávamos a falar e deu alguma razão ao Bruno, explicou que devia ir mais, mas não demasiado e foi o que aconteceu contra o Aves», finalizou.