O Leixões sagrou-se novamente campeão nacional após ter derrotado o AVC Famalicão (3x1) no play-off da fase final do campeonato. Juliana Rosas foi um dos destaques na conquista do clube de Matosinhos, mesmo depois de ter atravessado um ano duro a nível pessoal.
«A época foi muito complicada para mim e por isso é que este título é ainda mais especial. Claro que todos tivemos complicações, mas conseguimos superar e chegar ao tricampeonato. Estive doente grande parte da época, entreguei-me completamente como é costume, mas desta vez sem saber se o conseguia fazer. Foi um prémio para mim, sem dúvida», atirou em declarações ao jornal O Jogo.
Além de atleta, Juliana Rosas é também a diretora de formação do clube, tendo enaltecido: «Aqui ninguém é profissional, por isso é que somos umas guerreiras, porque treinamos e jogamos como profissionais. Além disso, se não fossem elas, provavelmente já não estaria a jogar, agradeço-lhes todos os dias».
«O que faz a diferença é sermos especiais. É mais fácil senti-lo do que explicar, mas nasci em Matosinhos e desde sempre a minha família me incute estes valores de um povo humilde, aguerrido, que vive disto, das pessoas, desta entrega e desta união que dura o ano todo, não é só nas finais. Acho que isso tudo reunido faz perceber o que é ser leixonense, matosinhense», frisou.
Relativamente à seleção, a capitã lusa abordou o facto de falhar a presença inédita da seleção no campeonato da Europa de 2019.
«Vou falhar a Liga Europeia e o Europeu, com muita pena minha, mas devido à minha situação profissional não posso estar quatro meses em estágio, com uma renumeração tão reduzida. Mas vamos estar muito bem representados»