Estamos nos quartos de final da Liga dos Campeões. É preciso lembrar isso antes de falar de um jogo entre uma das melhores equipa do Mundo e o FC Porto. Os dragões perderam (2x0), perderam bem, mas não saíram eliminados de Liverpool.
Sérgio Conceição tentou conter as armas do Liverpool com uma alteração tática e isso não correu bem, especialmente na primeira parte. Ainda assim, e depois do que aconteceu na segunda parte, os azuis e brancos saem de Inglaterra com a sensação de que podiam ter marcado um golo.
Foi assim que apareceu o primeiro golo, mas já lá vamos. Antes temos de dizer que os dragões até nem entraram mal. Logo nos primeiros minutos Marega teve um lance perigoso e as coisas pareciam estar a encaixar bem. Ainda assim, só foram precisos cinco minutos para se perceber que afinal não. Mané aproveitou o buraco que o dragão tinha na direita e serviu Keita. O médio rematou, a bola desviou em Óliver e enganou Casillas.
Estava feito o primeiro e do FC Porto viam-se cada vez mais problemas. Para além do problema da direita, havia muitas dificuldades na saída de jogo (Óliver e Otávio não funcionavam) e os portistas viviam das arrancadas de Marega. Por mais do que uma vez essas saídas até criaram perigo, mas depois aparecia a defesa quase de betão dos reds a resolver.
O 2x0 apareceu aos 26 minutos, já depois de Otávio quase oferecer a Mané, Firmino dobrou a vantagem. Um lance onde parecia que a defesa do FC Porto estava organizada, mas em que ninguém acompanhou Arnold pela direita.
O segundo golo acalmou o ritmo do Liverpool e permitiu ao FC Porto estabilizar e ver Marega ter duas perdidas em boa posição (pelo meio fica ainda um possível penálti por marcar).
Com o jogo mais seguro (mas sempre com o coração a saltos quando a bola ia para Salah ou Mané), o FC Porto acabou por ter oportunidades para reduzir e sempre da mesma forma: profundidade de Marega. O maliano teve dois excelentes lances onde podia ter feito o golo, ainda que tenha estado sempre pressionado. Obrigou Alisson a defesa apertada e depois atirou por cima.
Sentiu-se que o FC Porto podia ter feito um golo em Liverpool. Marega podia ter transformado a eliminatória em algo diferente e mesmo com os minutos finais a serem de algum sofrimento, percebeu-se que o Liverpool estava contente com o resultado. Houve até alguma gestão por parte de Klopp (joga contra o Chelsea no fim de semana).
O FC Porto não sai de Liverpool «morto» na eliminatória, mas ciente que há diferenças gritantes entre as duas equipas. Tem a palavra agora o Dragão e vai ter de ser uma daquelas partidas que daqui a 50 anos esteja na história do clube...mas é possível, acreditem!!