O empate consentido na receção à Ucrânia (0x0) não foi mais do que o confirmar do nosso triste fado: Portugal tem queda para não vencer o primeiro jogo de fases de qualificação para Campeonatos da Europa. A última vitória, recorde-se, foi em 1998, então na caminhada para o Euro 2000 [ver quadro].
Na era Fernando Santos, os dados são ainda mais curiosos. Desde que o Engenheiro assumiu o comando técnico da Seleção Nacional, Portugal perdeu no início do percurso para o Campeonato da Europa de 2016, perdeu também no arranque da fase de qualificação para o Mundial 2018 e empatou agora no primeiro jogo a contar para o apuramento para o Europeu 2020. Copo meio-vazio.
Prova (qualificação) | Adversário | Resultado |
---|---|---|
Euro 2020 | Ucrânia | 0x0 |
Mundial 2018 | Suíça | 2x0 |
Euro 2016 | Albânia | 0x1 |
Euro 2012 | Chipre | 4x4 |
Euro 2008 | Finlândia | 1x1 |
Euro 2000 | Hungria | 1x3 |
Uma forma simplista de olhar para os números ou uma forma de olhar para o copo meio-vazio. Passemos então a encarar o copo como estando meio-cheio. O empate diante os ucranianos não deixou ninguém satisfeito, verdade absoluta, mas o passado só pode dar moral às tropas lusas para o futuro. Ora vejamos.
Após a derrota frente à Albânia (0x1), no apuramento para o Euro 2016, a equipa das quinas venceu os seis últimos jogos de qualificação e acabou por vencer a competição. O mesmo aconteceu na qualificação para o Mundial, com nove vitórias consecutivas depois da derrota na primeira jornada, frente à Suíça (2x0). Copo meio-cheio.
Se for possível repetir a fórmula do Euro 2016, será mais fácil esquecer o empate diante a Ucrânia (0x0) no futuro. Certo?
André Silva foi o escolhido para fazer parceria com Cristiano Ronaldo e Bernardo Silva na frente de ataque de Portugal no primeiro jogo, num modelo híbrido, entre o 4x4x2 e o 4x3x3, que não funcionou muito bem e pode mesmo sofrer alterações para a receção à Sérvia.
No miolo, o triângulo Moutinho, William e Rúben Neves também deve sofrer alterações, com Pizzi e/ou João Mário à espreita. Mas há mais possibilidades. Até porque todos contam para este regresso à normalidade.