Conhece o ditado futebolístico que diz que quem não marca arrisca-se a sofrer. Se não conhecia, passou a conhecer e o Nacional da Madeira também. A equipa insular esteve quase sempre por cima do Rio Ave, mas acabou por perder por 0x1 na única ocasião de golo da equipa de Daniel Ramos, que pode agradecer a Léo Jardim pelos três pontos e regresso às vitórias, quatro jogos depois.
Foi um início de jogo equilibrado, mas com ascendente insular. Faltou apenas aproveitar as ofertas defensivas que vinham de Messias e que Rúben Semedo e Léo Jardim tratavam de corrigir, juntamente com a indefinição atacante da equipa de Costinha, que pecou por uma vez na defesa e deu espaço a Ronan, que na primeira oportunidade fez um golo, após passe de Galeno. Mais não se pode pedir a um avançado que acabou por não ter mais oportunidades para visar a baliza contrária.
Se antes do golo havia algum equilíbrio, esse equilíbrio transformou-se em domínio completo na segunda parte, toda ela a pertencer ao Nacional e com a defesa do Rio Ave, que tinha vacilado na primeira parte, a conseguir travar as iniciativas madeirenses, que durante meia hora se resumiram a despejar bola na grande área dos vilacondenses, que iam agradecendo.
Com o passar do tempo e com algumas mexidas - Fábio Coentrão acabou por sair lesionado a 15 minutos do fim -, o Nacional começou a encontrar brechas na defesa do Rio Ave. Riascos foi o quebra-cabeças habitual depois de sair do banco, ele que viu um golo ser-lhe anulado já nos descontos, por alegado fora de jogo de Diogo Coelho. O árbitro assinou, o VAR confirmou, mas os sete minutos de compensação trouxeram muita animação.
A realizar uma partida irrepreensível, Léo Jardim segurou os três pontos com uma defesa impressionante a cabeceamento de Rashidov, que vai ter pesadelos com o guardião brasileiro, sempre um passo à frente do avançado usbeque, que voltou a tentar num dos últimos lances do encontro, novamente ao lado da baliza do Rio Ave.
Depois de três derrotas e um empate, o Rio Ave volta finalmente às vitórias e Daniel Ramos pode respirar melhor, ainda que a partida deste domingo não dê grandes motivos para isso. Os insulares foram melhores, mas pecaram muito no último terço e quando acertaram na definição encontraram em Léo Jardim um adversário intransponível. A zona de descida está apenas a dois pontos de distância... por agora.