Romário Baró: quando o talento é grande ninguém desconfia

Romário Baró não engana. Tem pinta de craque seja nos sub-19, equipa B ou, futuramente, na equipa principal. A recente chamada para o convívio junto dos mais graúdos provou que Sérgio Conceição está atento a uma das maiores pérolas da formação do clube que voltou, uma vez mais, a espalhar magia no relvado do Olival. Na vitória por 2x0 diante do Tottenham, que garantiu a passagem dos jovens dragões aos quartos de final da UEFA Youth League, o camisola 10 jogou, fez jogar e assumiu, por isso, um claro papel de destaque na manobra ofensiva da equipa de Mário Silva.

O zerozero marcou presença no encontro e esteve de olho no menino de 18 anos.

O epicentro do jogo portista

Na primeira parte mais 10, na segunda mais falso 9. Com Fábio Silva claramente destacado no último terço, como último homem, Baró atuou de forma mais vagabunda. Pisou quase sempre terrenos entre as linhas média e defensiva do adversário e procurou dar sempre outras soluções aos restantes companheiros.

O facto de ter sido o principal elo na ligação meio-campo-ataque deu azo a um maior número de erros. Baró não decidiu sempre bem e falhou - a quantidade de passes errados é demonstrativa -, mas arriscou... em tudo. E dos seus pés surgiram grande parte das jogadas de perigo, tanto em transição ofensiva como em ataque posicional. Para além disso, tem a classe e a temporização adequadas para dar a fluídez necessária ao jogo da equipa.

Forte no 1x1 ofensivo, irreverente e cheio de energia. Assistiu, marcou, sofreu faltas - é verdade quem não tem grande estampa física - e nunca se deu à marcação de Oliver Skipp, médio mais recuados dos ingleses. Saiu aos 82 minutos ovacionado pela plateia presente. Por estes motivos e mais alguns, há, no Olival, um diamante em bruto para lapidar. É que a qualidade de Baró é visível... à distância.

[O zerozero também analisou a exibição de Fábio Silva ao detalhe: consulte tudo aqui]