Os destaques da vitória encarnada nas Aves
Momento é tão bom que é difícil escolhê-los
Avançado
26 anos
Haris Seferović
Muito mais que golo
Este suíço está revigorado e está em plano positivo não só no momento de rematar à baliza. Marcou, numa bela movimentação e finalização, mas a sua influência foi mais abrangente. Quando a equipa precisou, recuou, passou, tabelou e criou vários lances ofensivos de qualidade. Na segunda parte, manteve a toada, demonstrando uma capacidade de movimentação e uma inteligência de movimentos muito acima da média. Jonas está a regressar para atacar a titularidade, mas este suíço está pronto para toda e qualquer luta. Quem demonstra sempre rendimento...está sempre perto de jogar. Médio
29 anos
Andreas Samaris
O intérprete
Na Vila das Aves, o jogo teve momentos diferentes e Samaris respondeu afirmativamente em todos eles. Inventou, com um grande passe, o primeiro golo e esteve quase sempre irrepreensível quando a missão obrigava a uma construção competente. Na transição defensiva, travou algumas investidas dos comandados de Augusto Inácio, mas o grande desafio chegou com a expulsão de Ferro. Recuou para central e, numa nova posição (não lhe é totalmente estranha, diga-se), voltou a responder à altura, demonstrando, curiosamente, mais acerto do que Rúben Dias. Porto seguro
É uma das referências do Benfica de Bruno Lage...e de qualquer conjunto encarnado que tenha a intenção de procurar um jogo associativo e de posse. Não foi brilhante, mas procurou sempre a melhor solução para a equipa, fosse ela o passe, a desmarcação, um movimento interior ou o próprio remate. No primeiro tempo, participou no lance do golo de Rafa e, após o descanso, falhou na cara de Beunardeau, procurando uma finalização de classe. Não sabe jogar mal...porque é um daqueles que trata a bola por tu. Defesa
26 anos
Rodrigo Soares
Uma seta
Mais uma boa prestação deste lateral que ganha com a mudança para uma linha de cinco defesas. Tendo o resguardo de mais um jogador, Rodrigo tem mais liberdade para subir e para aparecer nos lances de transição ofensiva. Particularmente durante o primeiro tempo, na melhor fase avense na partida, surgiu com perigo na faixa e obrigou Rafa a trabalhos redobrados no momento de recuperar posição na faixa esquerda. Incansável do primeiro ao último minuto. Pormenores...e pormaiores
Este jovem brasileiro, que passou pelas escalões de formação do Benfica, está a surgir a muito bom nível neste Aves de Augusto Inácio. No sistema de cinco defesas, tem mais liberdade para aparecer no último terço e demonstrar o seu toque de bola, a sua capacidade técnica e a sua criatividade. Não acertou sempre no momento da definição, também porque o Benfica estava bem avisado, mas foi sempre um osso bem duro de roer para a organização defensiva dos encarnados. Se o Aves perdeu não foi por culpa de Luquinhas, seguramente. Avançado
19 anos
João Félix
Alguns toques predestinados
Durante os primeiros 45 minutos não foi brilhante. Movimentou-se bem, mas foi algo complicativo no momento de definir as jogadas. Um toque a mais, uma temporização desnecessária, um excesso de individualismo acabaram por marcar a primeira parte de Félix. No regresso dos balneários, abriu o livro, com duas grandes oportunidades e um sem número de jogadas bem imaginadas e consumadas. Mesmo quando não assume o protagonismo, mostra sempre aqueles toques de predestinado. Esteve em campo?
Exibição desastrosa do médio, habituado até a este tipo de jogos de maior exigência. Com bola, complicou, foi previsível e obrigou o colega de setor (Vítor Gomes) a trabalhar por dois. Sem o esférico, não foi capaz de estancar a movimentação dos jogadores mais criativos do Benfica, claudicando no terceiro golo, marcado por Ferro. Noite para esquecer.
Arriscou suspensão
Não comprometeu (não foi brilhante, também), mas as duas faltas poderiam ter sido castigadas com o segundo cartão amarelo e consequente ausência na receção ao Desportivo de Chaves. Curiosamente, depois da expulsão de Ferro, o mais inexperiente da dupla, até tremeu num par de lances, demonstrando alguma falta de controlo sobre o momento de pressionar, fazer falta ou aguentar o contacto. Em suma, decidimos destacar negativamente o internacional português porque, caso fosse expulso, o Benfica ficaria extremamente fragilizado para atacar a jornada antes do clássico.