A tendência avense, com Augusto Inácio, tem sido clara. O sistema de três centrais virou moda e parece que veio para ficar. Depois de duas vitórias consecutivas, a primeira derrota, e aos pés de um Braga que sentiu problemas inicialmente, mas que virou o jogo do avesso a seu favor após o intervalo. Bastou uma profunda reflexão e uma substituição acertada. Muralha derrubada, sentimento de dever cumprido e atenção máxima no dérbi de domingo...
A história do primeiro tempo é muito simples e fácil de contar. Duas intenções distintas e duas propostas de jogo totalmente diferentes. De um lado, o Braga, controlador da posse e dos principais momentos do jogo. Do outro, um Aves coeso e fortíssimo na organização defensiva.
Ainda houve oportunidade para um ou outro rasgo de criatividade dos homens de Abel Ferreira, mas nem as bolas longas para as costas dos laterais contrários funcionavam. E a ideia do Aves era bem clara: aguentar o muro de betão e procurar responder através de contra-ataques. Nesse capítulo, Mama Baldé e Luquinhas trataram de irritar Bruno Viana, João Palhinha e companhia conquistando algumas faltas perto da área de Tiago Sá.
Quanto a chances de real perigo, da cabeça de Jorge Fellipe surgiu a melhor ocasião para a formação da casa nos 45 minutos iniciais.
A velha máxima não engana. As dificuldades foram evidentes, mas Abel e o Braga aperceberam-se do truque. A entrada de Fransérgio, os passes de rutura no miolo e as jogadas rápidas e a poucos toques acabaram por desmontar o esquema avense com o passar do tempo. Ricardo Horta falhou duas oportunidades clamorosas - as expressões espelhavam bem o desespero -, Paulinho teimava em não tirar as medidas certas, até que surgiu... Goiano.
Apesar das boas notícias, o azar de Paulinho estava à vista e a luta era constante. Valeu uma jogada perfeita da turma bracarense para o camisola 20, por fim, molhar a sopa.
Com a vantagem registada, cabia ao Aves responder, Tiago Sá terminou mesmo a noite sem trabalhos forçados.