Um Boavista sempre mais forte, a sorrir com três pontos. Na estreia de Lito, o Xadrez recebeu e bateu o Feirense, por 2x0, garantindo a fuga aos lugares de despromoção.
Mateus esteve em grande e Bueno, a realizar o primeiro jogo com a equipa portuense, deu o colorido final a uma exibição em crescendo. Já o Feirense...continua em apuros.
Em partida de estreias, com Lito Vidigal (a realizar o primeiro jogo no banco do Xadrez) a lançar Bueno e Nuno Manta a escolher o reforço Mateus, pudemos assistir a uma nova primeira parte de pouco futebol no Bessa. Começa a ser hábito, preocupante, diga-se, e deve deixar o novo comandante dos axadrezados preocupado e à procura, forçosamente, de novas soluções.
Apesar da presença do reforço de inverno em campo (bons pormenores, com falta de entrosamento), foi Mateus a desequilibrar na equipa da casa. O angolano, a viver a plena maturidade, foi para cima da organização defensiva dos fogaceiros e, daí, conseguiu criar um par de lances perigosos. Rafael Costa, num deles, atirou à figura, ficando para o minuto 30 o mais vistoso. O extremo fez de Flávio Ramos gato sapato e só André Moreira, com uma bela defesa, foi capaz de travar o melhor do primeiro tempo.
O Feirense, por seu turno, voltou a ser uma equipa com muitas dúvidas e poucas certezas. Sempre receosa no momento de ter bola, a equipa de Nuno Manta Santos quase nunca criou perigo junto de Helton Leite, apostando na fiabilidade da sua organização. O cenário ditou 45 minutos de bocejo...
À procura de fintar a série de quatro derrotas seguidas na Liga, o Boavista entrou no segundo tempo com mais intensidade nas suas ações. Sem nunca encantar, o conjunto axadrezado era o único a procurar o golo, que surgiu, pelo inevitável Mateus, após um cruzamento de Edu e uma interceção incompleta de André Moreira.
O golo fez bem...às duas formações. Mateus, primeiro lançado em velocidade, e depois a apostar na meia distância, testou a atenção de André Moreira, com o público do Bessa a responder com aplausos. O Boavista estava mais confiante, mas, curiosamente, sem fazer muito por isso, o Feirense acabou por enviar uma bola à trave, num lance finalizado entre Mateus Anderson e um desvio no jogador axadrezado e bem defendido por Helton.
Nuno Manta, desde o banco, arriscou, colocando João Silva ao lado de Valencia, mas o processo atacante dos fogaceiros continuou a ser limitado. O Boavista, mesmo com um treinador expulso, esteve sempre mais sereno, tendo o golo da tranquilidade surgido por Bueno, na cobrança superior de um livre direto - curiosamente, o jogador já tinha pedido a substituição, devido a cansaço.
Agora, o Xadrez respira melhor, ao contrário do Feirense...