*com Rita David
Wilson Manafá foi esta segunda-feira oficializado como reforço do FC Porto. Antes de brilhar em Portimão, o lateral passou por Anadia, onde privou com Nuno Branco, que, ao zerozero, traçou um perfil sobre a mais recente arma portista no ataque ao bicampeonato.
Natural de Oliveira do Bairro, no distrito de Aveiro, foi no clube da cidade que Wilson Manafá iniciou a sua carreira. Nascido em 1994, o português de origem guineense jogou pelo Oliveira do Bairro durante grande parte das camadas jovens, onde chegou à equipa principal com apenas 17 anos, antes de rumar a Alvalade.
Chegou ao Sporting para a equipa de juniores como extremo, mas foi adaptado a lateral. Na época seguinte, promovido ao escalão sénior com Abel no comando técnico da equipa B, Manafá realizou 13 jogos antes de ser transferido a título definitivo para o Beira-Mar.
Em Aveiro, jogou na Segunda Liga, mas, como tantos outros, logo a seguir, Manafá foi obrigado a dar um passo atrás...para, porventura, pensar noutros dois à frente. Abraçou o desafio no Anadia e precisou de meia época para voltar a convencer um clube de divisões profissionais (Varzim, no caso).
Sobre a passagem do novo reforço azul e branco pela Bairrada, Nuno Branco, antigo central e capitão da equipa do CPP, falou de um homem «de origens humildes e muito bem-formado». Manafá, segundo o ex-colega, «era um jogador muito inteligente, trabalhador e empenhado». «Previa-se já um bom futuro», destacou Branco.
Ao zerozero, o ex-companheiro lembrou o impacto do agora Dragão no Municipal de Anadia: «Quando chegou, já tinha afinidade com alguns dos colegas de equipa e, pela proximidade de casa, optou por jogar aqui, mesmo tendo propostas de outras equipas. Tinha claramente uma qualidade acima da média para o nosso campeonato. Notava-se que era um jogador diferente».
Sobre a sua oficialização no FC Porto, o ex-defesa-central referiu que «não será fácil, mas, se souber esperar pela sua vez e se continuar a trabalhar como tem feito, tem qualidade para se impor».
O ex-capitão deixou ainda uma mensagem ao novo reforço dos dragões: «É um jogador que merece, porque tudo aquilo que alcançou veio do trabalho dele e, como se costuma dizer, o céu é o limite. Desejo-lhe a maior sorte do mundo!»