Não dava mesmo para mais. Num jogo de fraca qualidade, Rio Ave e Feirense empataram sem golos e continuaram as respetivas séries negativas de resultados.
Pressionados pelos maus resultados, Rio Ave e Feirense apareceram no relvado dos Arcos completamente desinspirados. Os primeiros 45 minutos terão sido, acredita o zerozero, do pior da atual edição da Liga Portuguesa. Tentar encontrar jogadas com pés e cabeça é tarefa bem árdua.
Apesar de atuarem com jogadores dotados de criatividade - Coentrão e Diego para o lado dos da casa; Tiago Silva e Crivellaro acima de todos os outros em Santa Maria da Feira -, nem Rio Ave nem Feirense conseguiram oferecer ao público de Vila do Conde uma razão para esquecer o frio polar.
Valência, com um grande remate cruzado, e Léo Jardim, a responder com uma belíssima defesa, foram os únicos a dar espetáculo numa primeira parte que demonstrou toda a desorientação tática deste Rio Ave, obrigado a mudar de treinador a meio da época. Só deu mesmo para aquecer no intervalo, com os já tradicionais jogos que testam os talentos dos adeptos vilacondenses.
Depois do descanso nos balneários, apareceu um Rio Ave mais objetivo no relvado dos Arcos. A equipa de Daniel Ramos, sem nunca encantar na construção dos lances ofensivos, teve mais presença no último terço e criou outro tipo de problemas à linha defensiva dos fogaceiros, especialmente desde a entrada de Bruno Moreira.
Até ao final, Valência, o único a criar perigo por parte dos fogaceiros, teve duas oportunidades soberanas para marcar, mas Léo Jardim, em mais uma noite inspirada, travou as intenções do avançado. Alampasu também brilhou, mas nem os lances de brilhantismo de ambos os guardiões chegaram para deixar uma boa imagem. É preciso outra qualidade...