O Boavista foi derrotado em sua casa pela equipa de Folha e está mais próximo da zona de descida depois do triunfo do Aves. Além da superioridade individual e coletiva do Portimonense, a curta e remediada equipa de Jorge Simão teve também na ira dos adeptos um entrave. A plateia axadrezada está descontente e deixou isso bem explícito.
De parte a parte, eram muitas as ausências. O Boavista não tinha o lesionado Fábio Espinho, além do transferido David Simão e do encostado Rochinha, pelo que Jorge Simão apostou em peças que davam mobilidade à frente, com maior junção no centro. O Portimonense estava sem os lesionados Marcel, Nakajima e Paulinho e também não teve os transferidos Ewerton e Wilson Manafá.
No jogo da adaptação, começou por ganhar o Boavista, com muito mais intensidade inicial, com bom jogo apoiado e que culminou em vários lances de perigo para a baliza de Ricardo. Só que o momento anímico era diferente e isso fez a diferença.
Golo que tudo mudouOs adeptos boavisteiros, que estavam a gostar do que viam, perderam a paciência e causaram ainda mais ansiedade da turma de Jorge Simão, que passou a um futebol mais precipitado e inofensivo, já que o jogo longo e direto acabou sempre bem resolvido pela defesa algarvia, com maior estatura.
Só depois do descanso voltou a haver um cenário positivo para a equipa axadrezada, que foi aplaudida de forma entusiástica no regresso dos balneários e que passou a estar mais instalada no meio-campo contrário. Algo com que, diga-se, o Portimonense parecia contar, já que nunca se desorganizou.
Era, em rápidas transições, o Portimonense quem criava mais perigo, pelo que não foi de estranhar que o passar do tempo trouxesse ausência de clarividência das panteras... e golo dos algarvios, outra vez numa corrida de Wellington Carvalho que deu em finalização repleta de firmeza.
78 minutos e tudo arrumado, apesar da vontade boavisteira até ao fim, com muito mais coração do que cabeça.
Até final, uma oportunidade para cada lado e, depois do final, lenços brancos e muitos apupos.