Este Braga não está para convencer...Em mais uma partida algo sofrível dos bracarenses, valeu a vitória e a passagem às meias da Taça, após triunfo, por 1x2, nas Aves.
Para o detentor do troféu, fica uma imagem positiva, mesmo depois de uma primeira parte pouco produtiva. O Aves de José Mota, pelo menos, merecia prolongamento.
Sem treinadores nos bancos, numa situação pouco vista nos relvados portugueses, Aves e Braga entregaram-se de corpo e alma à partida desde o primeiro segundo. Os avenses, durante os primeiros 25 minutos, foram mais rápidos, lestos e agressivos no momento de pressing. Isso valeu um par de jogadas perigosas...e um golo do adversário, marcada por Wilson, que andou sempre à espreita do espaço nas costas dos da casa.
Em vantagem, os comandados de Abel estabilizaram os eu jogo posicional e roubaram a vontade aos avenses. Claudemir e Palhinha, a um toque, foram valentes ajudas para um flanco direito, constituído por Esgaio e Wilson, sempre pronto a tabelar e explorar o espaço deixado por Vítor Costa e Jorge Fellipe.
Derley ainda lutou e alvejou a baliza de Marafona, mas a vontade e a emoção raramente prevaleceu sobre a razão. Numa jogada de combinação pela meia esquerda, Claudemir, a jogar uns metros mais à frente, lançou Wilson para o bis, tendo o avançado correspondido em pleno. O Aves voltou a ameaçar, mas a sabedoria tática falava mais alto no momento de descida para os balneários.
Com dois golos de desvantagem, o Aves entrou no segundo tempo com vontade de relançar a partida. É certo que do outro lado estava uma formação sempre capaz de explorar a profundidade, mas nem a grande oportunidade de Wilson para o hat-trick foi capaz de esconder o que era evidente: o Aves esta mais predisposto e perigoso no jogo.
As jogadas perigosas de Amilton, Mama Baldé e, na bola parada, de Jorge Fellipe (o brasileiro esteve bem melhor na área contrária...) faziam crescer a tensão do lado bracarense. Por isso, quando Falcao aproveitou uma má saída de Marafona para reduzir eram poucos aqueles que poderiam reclamar uma esperança avense injusta.
Pior que sofrer, o Braga demonstrou quase nenhuma capacidade em evitar mais oportunidades para o empate. Após o descanso, a organização dos bracarenses nunca conseguiu suster a velocidade dos alas avenses, capazes de deixarem os seus adversários (e adeptos) com a cabeça à roda.
Derley, mesmo no minuto 90, obrigou Marafona à defesa da noite, com o guardião português a compensar (em parte) o erro que ditou o golo de Falcao. Murilo, chamado para a posição de avançado nos minutos finais, esteve a uma barra de fazer magia, mas o importante, para uns arsenalistas com muito coração, só chegou no momento do apito final. Ufa, ouviu-se nas bancadas...