Ganhar. O FC Porto entrou com o pé direito em 2019 e deu seguimento à longa sequência de triunfos iniciada no ano anterior. Resultado melhor que a exibição, é certo, no campo de um aflito Aves que lutou até ao último suspiro para sacar um pontinho valioso. O comboio lá vai apitando de forma audível e nada melhor do que fechar a jornada 15 a dormir descansado na liderança.
O futebol, pelo menos na primeira metade, não foi lá muito bem jogado, mas o domínio revestiu-se de azul e branco. E se o Aves só por Rodrigo conseguiu um único remate (inofensivo) à baliza de Casillas, Beunardeau, que regressou à competição quase três meses depois, do lado oposto, teve o cabo dos trabalhos.
Curiosamente, os envolvimentos mais bem conseguidos do campeão nacional não tiveram resultados práticos - sobretudo no que concerne à exploração dos corredores - num jogo algo atabalhoado e com muitas incidências pelo corredor central. E Jorge Fellipe, nos instantes iniciais, quase entornou o caldo...
O Aves pouco ou nada produziu e as curtíssimas sequências de passes espelharam na perfeição o desconforto da equipa com o esférico (ou batata quente?). Mama Baldé, raçudo e veloz, e Rúben Oliveira - pormenores interessantes do médio - tentaram, de certa forma, remar contra a maré, mas foi curto. Muito curto, aliás.
Com ou sem puxão de orelhas de José Mota, a verdade é que a formação da casa reentrou em campo de cara lavada. A postura renovada apimentou mais o encontro e Derley, de cabeça, atirou perto do poste logo a abrir. A aposta na profundidade surtiu efeito e o Aves, através de transições rápidas pelos flancos, obrigou a linha defensiva adversária a aplicar-se em várias ocasiões.
Mama Baldé, o rosto da tentativa, quase impediu, Nildo também, mas não houve volta a dar. O FC Porto deu, por isso, seguimento à boa onda de 2018. Novo ano, a mesma vida e mais três pontos no bolso. Já lá vão 17 seguidas...