Serviços mínimos. O Benfica volta a vencer no Campeonato pela margem mínima, desta feita na visita ao arquipélago da Madeira, frente ao Marítimo (0x1). Um golo solitário de Jonas, tal como havia acontecido na semana passada no Bonfim (0x1), deu os três pontos a uma equipa que mostrou novamente que para ganhar nem sempre é preciso jogar bem.
Bola lá, bola cá e algumas boas combinações no último terço, embora com pouca definição. É este o resumo do futebol praticado pelo Benfica no primeiro tempo. Em suma, muito pouco sumo. Os encarnados estiveram reféns dos movimentos de rotura de Franco Cervi e Zivkovic, que sentiram alguma falta de acompanhamento por parte dos companheiros de equipa, e de um futebol previsível e fácil de anular.
O triunfo nos Barreiros materializou a 5ª vitória seguida do Benfica (todas as competições)
Nesta série, os encarnados não sofreram qualquer golo pic.twitter.com/EQRGF257DU
— playmakerstats (@playmaker_PT) 16 de dezembro de 2018
Houve dois momentos em que as combinações entre os homens da frente saíram muito bem aos encarnados, mas nas duas ocasiões faltou um pouco mais de definição por parte de Pizzi, que deixou escapar a possibilidade de abrir o marcador ainda antes da meia-hora de jogo.
Por sua vez, o Marítimo, sem vencer desde 2 de setembro, e por isso sedento de vitórias, aproveitou as transições defensivas deficitárias por parte do adversário, e trabalhou muito bem nos buracos criados na zona intermédia, com Vukovic a protagonizar a primeira grande oportunidade de golo para o Marítimo, aos 27 minutos.
As águias responderam de bola parada, através do especialista Grimaldo, só que Amir impediu que o lateral espanhol repetisse o feito da receção ao AEK (1x0) a meio da semana. O mesmo Amir voltou a brilhar logo de seguida em mais um momento interessante de Grimaldo, antes de marcar a história do 1.º tempo… de forma negativa.
Jonas segurou de forma magistral um passe sublime de Franco Cervi e quando se preparava para ultrapassar Amir foi travado em falta pelo guarda-redes iraniano. Penálti. Bola em Jonas. Golo. Uma vantagem caída do céu em cima do apito para o intervalo.
Na Liga 🇵🇹, ao serviço do Benfica, 🇧🇷 Jonas já avançou 20 vezes para o castigo máximo
Em duas dezenas de tentativas, só falhou por uma vez (Belenenses 1x1 Benfica - 2017/2018)👏 pic.twitter.com/bMqJlZ5qS7
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A segunda parte fica marcada pela pressão maritimista perante um Benfica que foi dando margem ao adversário para acreditar que o empate podia ser um resultado possível até ao final. Não houve melhorias em termos de jogo no lado das águias e assistiu-se, em vários momentos da 2.ª parte, a um Marítimo superior. E superior a vários níveis.
O livre de Jonas, aos 57 minutos, foi uma simples gota de água num deserto de ideias. Muitos nervos e pouca criatividade frente a uma equipa que não vence, recorde-se, desde 2 de setembro.
Ainda que o conjunto de Petit tenha aproveitado da melhor maneira a apatia contrária, a verdade é que o Marítimo também não criou lances de real perigo junto à baliza de Vlachodimos. Houve, antes sim, mais intenção e (muito) mais vontade. Destaque-se ainda que as mudanças introduzidas por Rui Vitória – entradas de Gabriel, Seferovic e João Félix - pouco acrescentaram.
Com este resultado, o Benfica cumpre mais uma jornada a vencer pela margem mínima, enquanto o Marítimo volta às derrotas depois do empate na jornada anterior.