Há histórias que valem mesmo a pena contar e esta é uma delas. Passa-se na Ucrânia e tem a ver com o jogo decisivo do Shakhtar Donetsk para continuar na prova milionária, numa verdadeira final contra o Lyon.
O jogo não pôde ser realizado em Kharkiv, por causa do conflito entre Ucrânia e Rússia e à imposição da lei marcial na cidade onde o Shakhtar tem jogado desde que se mudou de Donetsk, pelo que foi necessário encontrar outro palco, condizente com as premissas da UEFA para um jogo de Champions. E eis que...
«Quero agradecer à cidade de Kiev pela oportunidade de jogarmos aqui. E fazer um agradecimento muito especial ao Dinamo e ao seu presidente [Ihor Surkis]. O que está a acontecer aqui, não sei se têm essa noção, mas é algo que acho que acontece pela primeira vez: jogamos em casa do nosso grande rival e temos o presidente do Dinamo a apelar para que os ucranianos venham apoiar o Shakhtar. É algo que me marcou imenso e é um exemplo de grandeza do povo ucraniano», enalteceu Paulo Fonseca, na conferência de imprensa.
Com uma grande dose de emoção, o treinador português reiterou os agradecimentos e aproveitou para divulgar o gesto ao mundo.
«Numa altura em que se fala de leis marciais e de guerras, a Ucrânia demonstra que o futebol é um espaço de paz e aproveita uma oportunidade de demonstrar a grandeza deste povo. Não posso deixar de ficar extremamente sensibilizado e de dizer que, na Ucrânia, estamos a dar um exemplo de paz ao mundo. O meu muito obrigado sincero ao Dinamo e ao seu presidente», registou.
1-1 | ||
Júnior Moraes 22' | Nabil Fékir 65' |