«O meu foco é o ciclo vitorioso em que vamos entrar a partir de amanhã». Rui Vitória defendeu esta ideia na conferência de antevisão ao encontro com o Arouca e não se enganou. Não estava era certamente à espera que fosse assim tão difícil. O clube da Luz recebeu e venceu a equipa de Quim Machado (2x1), num jogo que fica acima de tudo marcado pela exibição cinzenta das águias. Mais uma.
Krovinovic foi a grande surpresa da noite no onze encarnado, mas não foi a única novidade na equipa escolhida por Rui Vitória para iniciar o duelo com o Arouca. O treinador das águias mexeu em todos os setores e mudou inclusive o esquema – de 4x3x3 para 4x4x2 -, com Seferovic a acompanhar Jonas na frente de ataque.
⚠️Os encarnados estão há seis jogos consecutivos a sofrer golos; a última vez que não sofreram qualquer golo, foi há um mês na 🇵🇹Taça de Portugal frente ao Sertanense [V 0-3] pic.twitter.com/f0rR3OKyle
— playmakerstats (@playmaker_PT) November 22, 2018
As muitas alterações não afetaram o domínio encarnado que se esperava, dadas as diferenças de recursos entre as equipas, pois é bom que não se esqueça que este Arouca está agora na Segunda Liga, mas em termos práticos esse tal domínio não foi sinónimo de um Benfica mais perigoso. Faltou dinâmica ofensiva aos encarnados frente a um conjunto bastante sólido e organizado em termos defensivos.
Apesar das primeiras tentativas pertencerem ao conjunto de Rui Vitória, que se mostrou ainda bastante desorganizado do ponto de vista tático, o Arouca chegou à vantagem no primeiro e único lance de perigo que teve em todo o 1.º tempo. E com muito mérito.
Um lance muito bem conduzido por Thales, com a participação de Didi, resultou numa trivela fantástica de Bukia, que só parou no fundo da baliza de Svilar. Um momento especial para a equipa de Quim Machado e um momento que começa a ser normal para a turma de Rui Vitória – sexto jogo consecutivo a sofrer.
O Benfica conseguiu amenizar os ‘estragos’ pouco antes do intervalo, numa altura em que Seferovic acelerou mais o jogo e colocou a bola no goleador Jonas que restabeleceu a igualdade. Em suma, muita parra e pouca uva. Entenda-se muita bola para o Benfica e pouca eficácia. Algo também habitual nos últimos tempos.
A segunda parte foi um espelho da primeira. Um Benfica pouco objetivo, sem ideias, a acumular erros primários e um adversário a criar mais perigo nas poucas oportunidades que ia tendo no decorrer da partida. Desolador para os poucos mais de 16 mil adeptos presentes nas bancadas da Luz.
⚠️Um mês e meio depois o 🦅Benfica consegue somar duas vitórias consecutivas.
⏪Não vencia em casa desde 7 de Outubro quando derrotou o FC Porto por 1-0 para a 🇵🇹Liga Portuguesa pic.twitter.com/G200zztW0K
— playmakerstats (@playmaker_PT) November 22, 2018
Depois de meia-hora sem lances de grande registo, o Arouca esteve perto de gelar novamente a Luz. Adílio surgiu no coração da área a cabecear para defesa sensacional de Svilar, que evitou o pesadelo para os encarnados. Fábio Fortes teve nos pés logo a seguir nova oportunidade para o Arouca, mas falhou.
A resposta da equipa encarnada surgiu apenas aos… 85 minutos. Jonas (quem mais?) atirou por cima. E foi já no prolongamento que o golo da vitória surgiu para o Benfica com o contributo de... Jonas.
O internacional brasileiro desviou uma bola vinda da esquerda e o esférico sobrou para Rafa matar o jogo, picando a bola sobre Rui Vieira.
O Benfica segue assim sem brilho para a próxima fase da Taça de Portugal, enquanto o Arouca sai de cabeça erguida da prova rainha.