Feito. Portugal saiu da Polónia com uma vitória importantíssima na bagagem e garantiu uma vantagem crucial para a segunda mão. Uma exibição agridoce que valeu pela primeira parte esclarecida, objetiva e dominante, culminada com um golo de Diogo Jota e com lances deliciosos de João Félix. Ficam vários aspetos para corrigir, ainda que a gestão tenha sido feita de forma inteligente no segundo tempo, mas, numa altura destas, o resultado interessa bem mais. A primeira já está!
Dominante. Portugal assumiu, desde o primeiro minuto, o jogo. Circulação no meio-campo adversário, com Stephen Eustáquio em destaque, e aposta vincada no flanco direito. O processo ofensivo nem sempre correu da melhor forma, é certo. Muitas decisões precipitadas e uma grande ansiedade no momento de aproximação à área contrária. Mas, assim que o tempo foi passando, Félix, Diogo Gonçalves - belas impressões a lateral -, André Horta e João Carvalho conseguiram envolver-se com mais frequência... e categoria.
João Félix, com um passe genial, descobriu Jota nas costas da defesa e o avançado do Wolverhampton limitou-se a encostar. A vantagem justíssima da equipa que mais a procurou durou, assim, até ao intervalo. A Polónia, por sua vez, mostrou-se impotente no momento da pressão.
Com o início do segundo tempo, a qualidade de jogo caiu um pouco. Portugal voltava a assumir-se com bola, explorava bem os muitos espaços polacos no miolo, mas não conseguia materializar o domínio em ocasiões de perigo.
Perante o baixo ritmo e as prestações pouco interessantes, as alterações começaram a surgir... e a Polónia cresceu. A linha defensiva portuguesa - destaque para a exibição dos dois centrais - foi obrigada a aplicar-se assim como Joel Pereira. Duas intervenções decisivas do guardião serviram para que o resultado não se alterasse, mas, na baliza oposta, Grabara também acabou por negar o segundo a João Carvalho.
Algum sofrimento que valeu a pena. Portugal venceu a primeira final de duas e está com um pé no Europeu 2019. Zabrze: check!.