Contas da Champions, confiança do plantel e críticas dos adeptos: eis as respostas de Rui Vitória

O treinador do Benfica foi questionado, na antevisão à ida a Tondela, sobre vários assuntos da atualidade encarnada, nomeadamente as críticas que lhe têm sido feitas pelo mau momento das águias, que estão numa série de quatro jogos sem ganhar.

Que impacto teve o empate contra o Ajax: «Teve o impacto que existe quando não se ganha. Queríamos vencer, não conseguimos e é o impacto normal. Mas há também um impacto de termos sido uma equipa muito reativa, muito convicta, com a qual a questão de uma dose de felicidade»

O que está a faltar à equipa: «São fases que as equipas atravessam. Muitas vezes, acontecem estes momentos, aqui e em vários países, em que há 15 dias estávamos na primeira posição, e de repente deixamos de estar. É uma espiral que se instala, que retira confiança, mas que convém perceber que estas fases existem e são para ser ultrapassadas. O contexto contra o Ajax era difícil para a nossa reação e ela foi positiva. As pessoas podem dizer que o resultado não apareceu, o que é verdade, mas eu tenho de olhar de outra forma. Este Ajax é uma equipa a quem as coisas estão a sair muito bem, mas só tiveram dois ou três remates, enquanto nós tivemos mais bolas de golo e podíamos falar do último minuto, mas não quero reduzir as coisas a isso. Como líder deste grupo, tenho a dizer que estamos preparados e queremos ir vencer a Tondela. A resposta dos jogadores é muito positiva e isso é relevante»

As contas na Champions para o apuramento: «Matematicamente, é possível. Há seis pontos em disputa e vamos jogá-los para os ganhar. Vamos acreditar e vamos trabalhar para os conseguir na Liga dos Campeões»

Sente que o plantel está com o treinador: «Isso para mim é claro como água. Temos um grupo muitíssimo unido e com a noção clara de que internamente, essa união tem de ser transmitida para as pessoas. Estamos todos envolvidos no mesmo cenário e tenho uma garantia muito grande. A forma como trabalhamos e a mensagem transmitida por esse trabalho deixa-me confiante. Temos sempre também de percebermos o que os nossos adversários podem lucrar com isto e refletir nisso. Cá dentro, estamos muito unidos e muito convictos de que vamos ganhar»

Se a pressão atual é maior: «A pressão é a mesma desde o primeiro dia que cá entrei. Sou eu mesmo que a coloco a mim. É o que vos tenho a dizer. É a forma como eu vivo, entusiasmado com o meu trabalho e com o facto de estar a representar este clube. Sei que já passei momentos menos bons, aqui e noutros lados, mas também já passei momentos muito, muito bons».