O sonho português está cada vez mais perto. Perante a campeã mundial, Portugal mostrou os sinais de crescimento que têm sido evidentes nos últimos anos e dificultou bastante a tarefa aos EUA, que saíram do Estádio António Coimbra da Mota com uma vitória pela margem mínima. O caminho português para o topo parece cada vez mais próximo.
É com os melhores que se aprende e a seleção feminina portuguesa não foi de meias medidas e quis testar a sua evolução com a seleção dos Estados Unidos da América, campeão mundial de futebol feminino.
O histórico não era favorável - seis jogos, seis derrotas e 30 golos sofridos -, mas o atual momento da seleção portuguesa fazia acreditar os mais sonhadores, apesar do reconhecido poderio da seleção norte-americana, que mostrou, na Amoreira, porque é a melhor da atualidade.
Antes do encontro, Francisco Neto tinha insistido na organização da formação lusa e as jogadoras foram fiéis às palavras do selecionador. Consciente do valor da equipa adversária, Portugal entregou a iniciativa aos EUA e apostou na velocidade de Diana e Jéssica Silva para tentar procurar lances de ataque.
Persistence pays.@J_Mac1422 buries the rebound. pic.twitter.com/aTIxxM7SSf
— U.S. Soccer WNT (@ussoccer_wnt) 8 de novembro de 2018
A estratégia portuguesa foi funcionando e a primeira ocasião de golo até foi da seleção de Francisco Neto, por Jéssica Silva. A jogadora do Levante viu o golo travado por uma defesa norte-americana, mas o lance ajudou a galvanizar a equipa portuguesa, que a partir dos 30 minutos até parecia por cima.
Só que a qualidade técnica dos EUA era evidente e com poucos toques Jessica McDonald apareceu isolada frente a Patrícia Morais. A guarda-redes brilhou com uma grande defesa, mas foi impotente para a recarga. O golo acabava por ser justo pela iniciativa atacante dos EUA, mas acabou por ser ingrato por aquilo que Portugal tinha apresentado nos primeiros 45 minutos. Apesar do golo, o crescimento do futebol feminino português era evidente e deixava os adeptos portugueses que visitaram o António Coimbra da Mota satisfeitos.
O golo abalou um pouco a seleção portuguesa, que teve dificuldades no início da segunda parte, quando os EUA já jogavam com duas das suas principais figuras, Alex Morgan e Carli Lloyd.
A seleção norte-americana tomou conta da primeira meia hora do segundo tempo e só uma exibição de sacrifício defensivo e o poste da baliza de Patrícia Morais impediram o golo da campeã mundial.
O passar do tempo também acabou por evidenciar a diferença de nível entre as duas seleções, com a equipa norte-americana a mostrar mais capacidade física. O teste era mesmo exigente, mas as jogadoras portuguesas não deixaram de o enfrentar e tiveram uma reta final de abnegação para tentar chegar a um empate que seria histórico.
O golo acabou por não aparecer e foram os EUA a fazer história, ao conseguir a vitória 500 da história da seleção feminina. O caminho português ainda é longo, mas ficou uma certeza: as distâncias são cada vez mais curtas.
0-1 | ||
Jessica McDonald 42' |