Uma travessura em noite de Halloween. A noite até começou bem para o Sporting, mas acabou como um pesadelo. Os leões foram derrotados, em Alvalade, pelo Estoril Praia, por 2x1, num jogo em que a diferença de escalões pouco se fez sentir.
Os leões receberam um doce logo no início da partida, mas acabaram por ser surpreendidos na segunda parte por um Estoril que nunca se deu por vencido e que aproveitou duas travessuras de André Pinto para dar a volta. A equipa de Luís Freire sai de Alvalade com três pontos e com a certeza de que é preferível morrer a defender a sua ideia do que fazê-lo com uma filosofia que não é a sua. Os assobios na saída dos jogadores do Sporting contrastam com as palmas que os jogadores do Estoril Praia mereceram esta noite.
Poucos dias depois daquela que, para José Peseiro, «foi a melhor exibição da época», o Sporting voltou a entrar em ação, desta vez para defender a Taça da Liga conquistada na época passada. Numa sequência de jogos apertada até nova pausa de seleções, foi um Sporting com mais mexidas do que tem vindo a acontecer e por isso a dinâmica esteve longe de ser a mesma da partida com o Boavista.
Apesar das alterações, o começo da partida não podia ter sido melhor para o Sporting. Wendel aproveitou um erro de Gonçalo Santos para se estrear a marcar pelos leões e entregar um doce como forma de fazer as pazes com José Peseiro. A vantagem estava feita, mas do Estoril não se podiam esperar muitas mais ofertas. A formação da Segunda Liga tem vindo a apresentar um futebol extremamente positivo e provou durante toda a partida que a sua identidade é para manter, seja contra que adversário for.
A reação ao golo foi excelente e o empate apenas não surgiu porque Salin estava atento, mas os estorilistas não desistiam. Com bola, a formação do segundo escalão procurou sempre novas ideias e progredir no terreno. Enquanto Luís Freire mostrava sinais de satisfação, José Peseiro dava algumas broncas aos seus jogadores, especialmente do lado esquerdo, onde Jefferson estava a ter mais uma noite desastrada. Em noite de Halloween, a equipa da Segunda Liga não queria doces, mas sim travessuras.
No segundo tempo, o Sporting procurou segurar um Estoril que andou sempre de olhos postos na baliza de Salin e por isso houve mais bola do lado leonino, mas o perigo foi praticamente nulo. A equipa verde e branca continuava sem dinâmica e não conseguia envolver os seus homens da frente com qualidade. Bas Dost andava à procura de uma oportunidade de golo antes da substituição já programada, mas acabou por sair sem cheirar o golo.
Os leões foram deixando passar o tempo, mas depois da prenda de Gonçalo Santos, houve tempo para duas travessuras estorilistas. Sandro Lima arrombou a porta de André Pinto e entregou a primeira a Salin, que foi buscar a bola ao fundo das redes. A segunda surgiu minutos depois, novamente com André Pinto envolvido. Se o defesa leonino tinha ficado mal na fotografia do primeiro golo do Estoril, no segundo tornou-se o principal destaque ao cabecear para a baliza de Salin e entregar a reviravolta à equipa do segundo escalão, que se dispôs a sofrer nos últimos minutos.
Thierry Graça segurou os estorilistas e os três pontos serviram como um doce para a equipa de Luís Freire, que iguala os leões na classificação do grupo C da Taça da Liga, liderado pelo Feirense.