«Esta podia ter sido a minha época no Sporting, mas não senti o mesmo por parte deles»

Sem mágoa e com a convicção que a culpa de ainda não ter singrado não é sua, Matheus Pereira falou sobre a sua relação com o Sporting, com quem continua ligado, mas onde voltou a não ter o espaço que desejava, sendo emprestado ao Nuremberga na sequência disso.

«Tenho contrato ainda [até junho de 2022]. É o meu sonho vingar no Sporting, sou um jogador criado dentro do clube. Mas isso não depende apenas de mim, depende do treinador no momento, que pode ou não gostar de mim. Precisa ser bom para todos. Sou muito grato ao Sporting, então a melhor forma de retribuir é jogando e vingando no próprio Sporting», vincou, em entrevista ao Goal.

O jogador abordou a polémica com José Peseiro, que o afastou momentaneamente do grupo e que fez com que este voltasse a não ser o seu ano de afirmação no clube, continuando a «falta de sequência» a ser a razão encontrada pelo próprio para isso, embora sem que Matheus Pereira veja que tem culpa nisso.

Em Moreira de Cónegos estalou o verniz com o treinador ©Vítor Parente / Kapta+

«Acredito que as duas partes poderiam ter feito algo diferente. Talvez eu não tenha entrado com o maior empenho em determinada partida... Enfim, a culpa não é de apenas um», emendou.

Nesta entrevista, o jogador admitiu a possibilidade de jogar por Portugal, até porque se sente «mais português do que brasileiro» e porque o processo de naturalização está em andamento, tendo ainda elegido o elogio de Jorge Jesus como o maior da carreira, quando este disse que o brasileiro era, com Gelson Martins, a maior promessa do clube.

Quanto à maior crítica... novamente José Peseiro: «O pior foi ouvir que eu fugi [do Sporting], deram a entender que fugi da luta. Isso não combina comigo, não faz parte do meu perfil. Desde os cinco anos que tenho corrido atrás dos meus sonhos, sempre batalhei, sempre lutei. Nunca fugi ou me escondi de nada. A crítica [do José Peseiro] me marcou muito. Aceito totalmente as críticas construtivas, mas o que ele disse não tinha nada de construtivo. Não sou de fugir de nada».