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    Heat querem continuar nos playoffs

    A arte de fazer muito com pouco

    2018/10/16 20:55
    E0

    A força do coletivo

    *Texto de Márcio Pereira

    Muito poucas equipas foram capazes de fazer o que os Miami Heat têm feito nos últimos anos. Depois de perderem LeBron James em 2014, todos esperavam que os Heat se tornassem numa equipa de fundo da tabela. No entanto, graças a uma cultura de vitória enraizada no franchise e a um treinador que tem feito muito com pouco ano após ano, a equipa tem conseguido manter-se competitiva e procurado sempre a presença nos playoffs. Com praticamente o mesmo grupo de jogadores da época passada, Miami promete continuar a ser um osso duro de roer no Este, naquela que será a última época da ilustre carreira de Dwyane Wade.

    Longe dos tempos de glória do Big 3 formado por LeBron, Wade e Bosh, os Heat vivem agora uma realidade diferente. Conseguindo sobreviver à tentação de entrar em modo de rebuild desde a saída do King, os Heat são um caso raro na NBA. A equipa tem conseguido manter-se no radar dos playoffs quando o conjunto de atletas, à primeira vista, parece não satisfazer os requisitos necessários para tal cenário. O segredo? Miami tem no seu treinador um dos melhores da liga na função. Erik Spoelstra é o grande responsável por conseguir, ano após ano, transformar uns Heat constituídos por jogadores que nada de extraordinário são numa equipa competitiva e capaz de surpreender. No total, esta será já a 11ª temporada de Spoelstra no comando técnico dos Heat e apenas por duas ocasiões a equipa não registou presença na postseason. Graças à sua capacidade de tirar o melhor dos jogadores que lhe têm dado à disposição e de os fazer jogar um basquetebol coletivo e com uma das melhores defesas da liga, os fãs podem esperar uns Miami capazes de realizar novamente uma boa campanha em 2018/19.

    Dwyane Wade irá retirar-se no final da temporada ©Getty / Will Newton

    Em termos de mercado, praticamente não existiram mexidas para os lados de south beach. O elenco é o mesmo e do draft também não chegou ninguém pois os Heat não tiveram escolhas em mãos este ano. A única saída a destacar veio com o aviso prévio de uma temporada. A cara do franchise e futuro hall of famer Dwyane Wade, através de um vídeo, convidou os fãs de Miami e da NBA a juntarem-se para uma «última dança». Já com 36 anos de idade, três anéis de campeão e um restante palmarés coletivo e individual que falam por si, o final da temporada marcará o fim da carreira do camisola três dos Heat. Mais do que alguns minutos que lhe estão reservados a partir do banco de suplentes, D-Wade continuará a ser o mentor e líder do balneário de Miami.

    Apesar dos Boston Celtics, Toronto Raptors e Philadelphia 76ers partirem com clara vantagem em relação às restantes equipas da conferência Este, os Heat podem ambicionar uma ou duas posições acima do 6º lugar conseguido na temporada passada. Para além das três equipa referidas, nenhuma das restantes tem clara vantagem sobre qualquer outra. E Miami, apesar de todas as condicionantes, tem jogadores que não sendo extraordinários, conseguem jogar em múltiplas posições. A versatilidade em termos coletivos que daí advém dá a possibilidade a Spoelstra de montar a equipa consoante o estilo de jogo do adversário e fazer ajustes a qualquer possível matchup antes e durante cada partida.

    Outro dos pontos fortes desta equipa é o meio campo defensivo rico em jogadores talhados para tarefas defensivas. Na época passada Miami acabou com o registo de 4ª melhor defesa da fase regular e muito se deve à evolução de jogadores como Justise Winslow, Bam Adebayo e Josh Richardson que, não conseguindo ainda elevar o seu jogo ofensivo tão rapidamente como os aspetos mais defensivos, acabaram por se destacar nessa área do jogo. Se continuarem a evoluir, pois têm muito tempo ainda pela frente, é muito provável que, no futuro, esteja aqui nestes três jogadores o que Miami precisa para ombrear com as equipas do cimo da tabela. 

    Muito da época dependerá também da forma e saúde de Hassan Whiteside. Uma das maiores referências do jogo interior da equipa da Flórida tem tido dificuldades em evitar lesões e o seu rendimento, na passada temporada, ficou aquém do esperado. Chegou, inclusive, a existir rumores de uma eventual troca do jogador depois de um alegado descontentamento com as decisões do treinador.

    Quem também está de regresso depois de lesão é Dion Waiters que falhou mais de metade da época anterior e que será uma importante peça em termos ofensivos dos Heat. Até porque, e em contrapartida de terem uma das melhores defesas, a equipa de Miami teve um dos piores ataques. A grande lacuna no jogo dos Heat prende-se com a falta de jogadores que tenham facilidade em meter a bola no cesto, pelo menos com regularidade. Talvez tenham em Dragic o melhor finalizador, e embora contem com alguns atiradores como Wayne Ellington ou o próprio Kelly Olynyk, o plantel carece de jogadores que terminem do outro lado do campo aquilo que fazem bem na defesa.

    Os Heat foram construídos e trabalhados para se poder considerar como uma equipa de playoff. São bons o suficiente como coletivo para chegarem à postseason e quem sabe este ano se não conseguem mesmo lutar até ao final da fase regular por uma possibilidade de vantagem casa. O ano passado perderam em cinco jogos na primeira ronda frente aos 76ers, e este ano, tudo o que seja mais do que isso, com as condições atuais, seria por certo a grande surpresa da época. Contudo, a ausência de star power, a falta de poderio ofensivo e as lesões podem deitar por terra uma época que pode ser melhor que a do ano passado como também pode ser igualmente pior.

    Possível cinco inicial: Goran Dragic, Josh Richardson, Justise Winslow, James Johnson e Hassan Whiteside.

    Reservas: Kelly Olynyk, Dion Waiters, Tyler Johnson, Dwyane Wade, Bam Adebayo, Wayne Ellington, Udonis Haslem, Derrick Jones Jr. e Rodney McGruder.



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