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    Rockets com mudanças no plantel

    ANTEVISÃO: Houston, a defesa continua a ser um problema

    2018/10/16 20:32
    E0

    É possível bater os Warriors?

    *Texto de Márcio Pereira

    O ano passado estiveram apenas a um jogo de parar uma das melhores dinastias que a liga já presenciou e podiam ser neste momento os detentores do troféu Larry O’Brien. Depois das 65 vitórias e de estabelecerem o melhor recorde da liga, os Houston Rockets apenas perderam no derradeiro jogo sete das finais da conferência Oeste frente aos Golden State Warriors. A lesão de Chris Paul que o impossibilitou de atuar nas últimas duas partidas da eliminatória (quando a série se encontrava 3-2 a favor de Houston), os históricos 27 triplos falhados de forma consecutiva no último encontro, e, principalmente, a incapacidade de produzir defensivamente o que a equipa produziu em termos atacantes, ditaram o fim da época para uma franquia e um grupo de fãs que já sonhava com o título de campeão. Com isso, é muito provável que tenha já sido desperdiçada a oportunidade dos Rockets voltarem aos anos de glória. Os rivais (Warriors) estão mais fortes e o meio campo defensivo da equipa parece não ter melhorado. Muito pelo contrário. No entanto, o elenco deste ano continuará a fazer de Houston uma das equipas mais fortes da liga.

    A equipa de Rockets esteve esta offseason debaixo de duras críticas por ter deixado sair do plantel jogadores que, embora não figurassem entre a elite e as superestrelas da NBA, foram importantes para o sucesso coletivo alcançado na temporada anterior durante a fase regular. É o caso de Trevor Ariza e de Luc Mbah a Moute, dois jogadores que se destacavam pela versatilidade nos dois lados do campo e, principalmente, pelo que ofereciam em termos defensivos a uma equipa que carecia desse aspeto do jogo. Ariza sempre mostrou polivalência em defender várias posições no campo e no ataque mostrou ser um atirador regular. Luc Mbah a Moute sofreu parte da época com uma lesão no ombro e teve dificuldades em manter-se saudável. Sempre que era chamado, cumpria e à semelhança de Ariza, empenhava-se na defesa. Não sendo os dois ingredientes principais do sucesso da equipa texana, foram jogadores que contribuíram muito para tal. Contudo, desde que a equipa iniciou a caminhada nos playoffs, ambos os jogadores mostraram um rendimento muito inferior àquele que tinham mostrado até então. Com as suas saídas, Houston perdeu os dois melhores defensores de perímetro da equipa.

    Carmelo Anthony é reforço dos Rockets ©Getty / Tom Pennington

    Juntamente com eles, também Ryan Anderson não fará parte do plantel. O extremo-poste de 30 anos teve em 2017/18 uma das suas piores épocas em termos de números e o contrato elevado fazia prever a sua saída. Envolvido numa troca que viria a trazer Brandon Knight e Marquese Chriss para Houston, Ryan Anderson e o rookie De’Anthony Melton – escolhido na 46ª posição no draft deste ano – foram enviados para os Phoenix Suns.

    A principal novidade para este ano está em Carmelo Anthony. Após vários épocas na liga sem encontrar a equipa que lhe dê o tão ambicionado anel, o já por 10x All-Star tem esta temporada nos Rockets uma nova oportunidade. É, sem sombra de dúvida, uma adição de peso para o ataque da equipa dado que traz na bagagem ferramentas que os jogadores que saíram nunca tiveram, mas em termos defensivos só vem «cavar» mais o buraco que já existe. Resta ainda saber se estará apto para se encaixar num estilo de jogo de intensidade e ritmo elevado e que sobrevive do «correr e atirar». Lembrando que, na época passada, o jogador de 34 anos atuou pelos Oklahoma City Thunder – que têm também um estilo de jogo frenético - e teve uma das piores épocas da carreira. Com ele, chegam a Houston também os já referidos Brandon Knight e Marquese Chriss provenientes dos Phoenix Suns (nota para Knight que não tem ainda data para voltar a jogar à conta de uma lesão no joelho), o ex-Charlotte Hornets Michael Carter-Williams e James Ennis III ex-Memphis Grizzlies.

    Todas estas alterações na equipa, ao contrário dos Warriors, por exemplo, que assinaram com DeMarcus Cousins, ou os Lakers que conseguiram convencer LeBron James, ou os Celtics que têm já Kyrie Irving e Gordon Hayward saudáveis para este início de época, Houston parece não ter sido capaz de dar um improve significativo ao plantel. As maiores deficiências da equipa estão centradas no meio-campo defensivo e grande parte dos reforços apenas traz consigo mais argumentos atacantes do que seguranças para a defesa. Com as saídas de Ariza e Mbah a Moute, Clint Capela assumir-se-á como a única referência defensiva a par de Chris Paul. Capela tem trabalhado o seu jogo ao longo da carreira e está cotado, atualmente, como um dos melhores defensores interiores. Chris Paul tem sido há largos anos um dos melhores bases defensores da liga e é sempre um match complicado para qualquer jogador da mesma posição. Por si só, ambos não resolvem tudo. O atual MVP da fase regular, James Harden, tem mostrado reportório ofensivo para dar e vender mas poupa-se o máximo que pode na defesa. E, mais uma vez, os fãs podem esperar por grandes exibições do camisola 13 dos Rockets, por muitos triplo-duplos, por ainda mais lançamentos de três pontos e crossovers de deixar os fãs de queixo caído e que fazem dele um potencial vencedor do prémio de MVP mais uma vez. O problema este ano é que não será só Harden um dos problemas defensivos da equipa. Os reforços que chegaram serão eles também alvos para os adversários poderem explorar no momento defensivo de Houston.

    Caso a equipa consiga fazer uma ou duas trocas que lhes traga jogadores consistentes na defesa antes de começarem os playoffs, é muito provável que sejam capazes de conseguir uma eventual desforra com os Warriors na final de conferência e aí, com mais um pouco de sorte do que o ano passado, poderão, quem sabe, surpreender o universo da NBA ao chegar às finais. Caso contrário, resta rezar para que o estilo de jogo de run and gun à la Mike D’Antoni continue a fazer o ataque compensar a incapacidade defensiva da equipa e talvez consigam uma época similar à do ano passado. Contudo, para uma equipa que se assume como top 3 da liga e que quer ser campeã – porque é esse o objetivo claro em Houston -, a falta de uma defesa empenhada e organizada pode vir a ser o que impedirá os Rockets de dar o passo seguinte.

    Possível cinco inicial: Chris Paul, James Harden, Carmelo Anthony, Marquese Chriss (ex-Phoenix Suns) e Clint Capela.

    Reservas: Brandon Knight (ex-Phoenix Suns), Eric Gordon, P.J. Tucker, Nenê Hilário, Gerald Green, Michael Carter-Williams (free agent), James Ennis III (free agent), Zhou Qi, Isaiah Hartenstein, Gary Clark e Vincent Edwards (pick nº52 do draft de 2018, trocado pelos Utah Jazz).   



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