Tem de ser

«Se eu soprar, pode ser que o vento venha a mudar. Tem de ser, não há pior altura para me perder.» Começamos esta antevisão com uns versos de uma música dos Capitão Fausto porque «Tem de Ser». O jejum na fase regular da Liga dos Campeões é longo e este é o momento ideal para o Benfica regressar às vitórias e entrar na luta pelo apuramento para a fase seguinte da Liga dos Campeões.

O adversário é o AEK. O campeão grego, dos portugueses Hélder Lopes e André Simões, conseguiu chegar à fase de grupos da Liga dos Campeões, 12 anos depois, mas os encarnados têm capacidades para derrotar esta equipa, que até parece ligeiramente inferior ao PAOK, conjunto que as águias eliminaram antes da fase de grupos.

Sem pensar no Clássico e de olhos postos nas falhas adversárias

O empate em Chaves deixou os encarnados atrás do FC Porto, a uma jornada do Clássico, mas em dia de Liga dos Campeões não se pode pensar no futuro. Rui Vitória rejeitou isso mesmo e prometeu uma equipa focada em vencer ao AEK antes de encontrar os dragões.

Gedson deve "aproveitar" lesão de Gabriel para regressar ao onze ©Isabel Cutileiro / SL Benfica

O foco benfiquista pode mesmo ser um fator importante para esta partida. A concentração defensiva, frente a uma equipa que gosta de atacar e ter bola, é importante, mas também é preciso estar atento às falhas deste conjunto grego, que muitas vezes parece sofrer problemas de concentração.

A vontade em criar desequilíbrios faz com que o setor defensivo e o intermédio fiquem muitas vezes distantes e a subida dos laterais, que se projetam muito nos momentos atacantes, abrem espaços que podem facilmente ser explorados por jogadores fortes na transição, como são Gedson, Rafa ou Salvio.

O jogo de Chaves é passado e já lá vai, mas deixou um problema a Rui Vitória, a lesão de Jardel. O defesa era a voz de comando da equipa e ainda não foi possível perceber se Conti consegue estar à altura do capitão encarnado. Ainda assim, mesmo sem capitão... «Tem de ser»