Após as principais movimentações da offseason terem ocorrido, os fãs da NBA esperam ansiosamente pelo regresso da competição, marcado para o dia 17 de outubro. Durante as próximas semanas, o zerozero vai-lhe trazer antevisões de todas as 30 equipas da melhor liga de basquetebol do mundo.
Após um ano da saída de Chris Paul, a equipa dos Clippers viu DeAndre Jordan meter um ponto final à era do Lob City ao assinar pelos Dallas Mavericks. Nos entretantos, foi Blake Griffin a ser trocado a meio da época passada para os Pistons e avizinhava-se, desde então, uns novos Clippers para a época de 2018/19. O fim da era do Big 3 é uma realidade e estes Clippers precisam de se reencontrar e estabelecer uma nova identidade. Com as valias e profundidade que o plantel apresenta, o tanking é um cenário ainda distante para uma franquia que, saudável, poderá ter uma palavra a dizer quanto ao último lugar de acesso aos playoffs no Oeste.
A offseason dos Clippers arrancou com a saída de DeAndre Jordan para os Mavericks, equipa que tinha vindo a «piscar o olho» ao jogador de 30 anos nas últimas temporadas. Também Austin Rivers (Wizards), C.J. Williams (Timberwolves) e Sam Dekker (Cavaliers) não farão parte de um plantel que viu chegar os veteranos Luc Mbah a Moute, Marcin Gortat e Mike Scott e também dois jovens jogadores provenientes do draft, Shai Gilgeous-Alexander e Jerome Robinson.
Uma outra boa notícia para os fãs da equipa de Los Angeles foi a da renovação com Avery Bradley. Um dos melhores defensores da Liga prolongou o vínculo contratual com a equipa por mais duas temporadas e que a par de Patrick Beverley, sem lesões, serão certamente um dos melhores backcourts defensivos liga.
Em termos ofensivos, a equipa conta com Danilo Gallinari e Tobias Harris, jogadores conhecidos pela facilidade com que colocam a bola no cesto. Defensivamente, estarão acompanhados por Bradley e Beverley, dois jogadores mais talhados para tarefas defensivas. Marcin Gortat será, em princípio, o escolhido para ocupar o lugar deixado vago por DeAndre Jordan. Já do banco, os Clippers têm nas suas fileiras o detentor do troféu de 6th Man of the Year, Lou Williams, e ainda jogadores experientes e com vários anos de liga.
Quanto à próxima época, os Clippers têm motivos para se sentirem otimistas. Apesar de jogarem na conferência mais competitiva, certo é que na temporada passada conseguiram estar na luta pelos playoffs até às últimas jornadas com um plantel fustigado por lesões e sem o melhor jogador desde janeiro. O plantel deste ano tem soluções e qualidade e por isso é pouco provável que a equipa de Los Angeles atire já a toalha ao chão e entre em modo de rebuild.
Caso este conjunto de jogadores funcione em termos coletivos, os Clippers podem ambicionar novamente o registo de 35 a 40 vitórias na nova época e entrar até na discussão pelo acesso aos playoffs. Uma época bem conseguida e uma boa imagem passada, podem fazer da equipa um destino a considerar na offseason de 2019 dado que, com um ou dois ajustes, os Clippers podem vir a ter espaço na folha salarial para assinar dois contratos máximos.
Caso o fantasma das lesões volte a assombrar a formação de Doc Rivers, ou os jogadores não encaixarem no modelo de jogo, ou sentirem a falta de star power, é muito provável que no final da próxima temporada reconstruir seja o caminho a seguir.
Provável cinco inicial: Patrick Beverley, Avery Bradley, Danilo Gallinari, Tobias Harris e Marcin Gortat (ex-Washington Wizards).
Reservas: Lou Williams, Wesley Johnson, Boban Marjanovic, Mike Scott (free agent), Luc Mbah a Moute (free agent), Milos Teodosic, Shai Gilgeous-Alexander (pick nº11 do draft de 2018, via Charlotte Hornets), Jerome Robinson (pick nº13 no draft de 2018), Montrezl Harrell e Jawun Evans.