Alimentar o vício de vencer

O Benfica entrou com o pé direito na fase de grupos da Taça da Liga. Os encarnados triunfaram na receção ao Rio Ave (2x1), em encontro da primeira jornada do Grupo A, com Toto Salvio e Rafa Silva a apontarem os golos da vitória. Carlos Vinícius ainda reduziu para os vilacondenses, mas o golo do avançado brasileiro revelou-se insuficiente para o Rio Ave sair com pontos da Luz.

Muitas paragens, golo surgiu de penálti...

No regresso à competição, Rui Vitória promoveu cinco alterações no onze das águias. Ou seja, o treinador do Benfica optou por manter a base, dando apenas espaço a jogadores menos utilizados e completamente tapados pela concorrência, como Yuri Ribeiro, Conti ou Alfa Semedo, este último a beneficiar da lesão de Fejsa.

No lado contrário, o Rio Ave apresentou-se na casa do adversário também apenas com alguns ajustes do que é normalmente habitual vermos na Liga, com especial destaque para a presença de Vinícius na frente de ataque, missão habitualmente entregue a Bruno Moreira e/ou Gelson Dala.

A primeira parte, tal como a segunda, diga-se, foi repartida entre as equipas, com ligeiro ascendente para o Benfica. Os encarnados foram ligeiramente superiores na abordagem ao jogo, embora sem conseguirem expressar esse domínio por números esclarecedores. O árbitro não ajudou ao espetáculo no primeiro tempo: demasiadas paragens e algumas análises completamente fora de tempo de Rui Oliveira.

Ainda assim, a equipa da casa conseguiu sair para o intervalo em vantagem, graças ao golo de Toto Salvio, através de grande penalidade, num lance que deixa algumas dúvidas em torno da falta sobre Seferovic. As imagens foram pouco esclarecedoras e também não há VAR na fase de grupos da Taça da Liga.

Carlos Vinícius ainda deu esperança ao Rio Ave ©Carlos Alberto Costa

Vinícius ainda deu esperança

O regresso dos balneários deu uma nova chama ao encontro. O juiz da partida deixou de ser o principal protagonista e foi dada expressão aos jogadores. O Benfica entrou melhor, dando sequência ao que havia feito na primeira metade, e chegou ao 2x0 por intermédio de Rafa Silva, que bem pode agradecer a Toto Salvio.

O internacional argentino atravessa um excelente momento de forma e foi ele a desenhar o golo do camisola 27. Esperava-se que, com o segundo, o Benfica conseguisse respirar de forma tranquila até ao final, sobretudo depois dos 30.132 adeptos presentes na Luz assistirem ao desperdício de Seferovic, aos 58 minutos, mas não foi assim.

O Rio Ave conseguiu equilibrar a balança, aproveitando os rasgos de Wenderson Galeno, e reduziu a desvantagem aos 59 minutos. Carlos Vinícius, ex-Real SC e emprestado pelo Nápoles, de Itália, deu o melhor seguimento a um cruzamento atrasado de Galeno e reabriu o jogo.

O golo deu uma nova esperança aos rioavistas, que passaram a acreditar mais do que nunca que o empate seria possível, mas a verdade é que foram poucos os lances de real perigo que conseguiram criar até ao final, apesar dos bons desenhos ofensivos.

Samaris e Gabriel foram duas das armas lançadas por Vitória, para dar frescura ao meio-campo, e o Benfica aguentou-se. Soube gerir muito bem a vantagem e preservou o mais precioso: três pontos na caminhada para... Braga.