Depois da derrota, o regresso à normalidade, mesmo que com um resultado melhor do que a exibição. Ainda que com várias imperfeições que se foram vendo ao longo do jogo, também muito por causa da qualidade e da coragem do Moreirense (jogou bem mais do que o resultado indica), a equipa de Sérgio Conceição voltou às habituais vitórias perante os seus adeptos. E, antes da paragem, houve Éder Militão, houve novamente Marega e houve, finalmente, Danilo Pereira.
O adversário era um Moreirense atrevido, com arrojo na pressão alta, a arriscar nas linhas juntas com defesa subida e com competência a fechar linhas de passe - Otávio e Aboubakar nunca conseguiram lidar bem com isso na altura em que tinham a bola nos pés.
Havia um lado competente e corajoso da equipa de Ivo Vieira, só que a qualidade individual era bem diferente. Por isso, nas várias chegadas ao último terço de campo, o Moreirense não conseguia dar seguimento às boas opções que tomara nos momentos anteriores.
O 2x0 era, pois claro, um excelente tónico para a retoma depois do choque, se bem que o resultado era o mesmo. Como tal, a mensagem que Sérgio Conceição tinha dado nas conferências de imprensa também teria de ser repetida ao intervalo: tirar o pé era proibido.
Não que tenha sido uma versão muito diferente, mas desta vez não houve espaço para surpresas. Acima de tudo, porque houve competência defensiva.
É que foi um Moreirense igualmente atrevido e arrojado, mas mais capaz de estar instalado no meio-campo contrário e com enorme capacidade para ganhar sucessivas segundas bolas. Uma tendência que foi, aos poucos, aborrecendo os adeptos portistas. Não foram muitos, mas ouviram-se alguns assobios à equipa.
Uma vez Militão (bela estreia), uma, outra e mais outra vez Casillas impediram que o marcador fosse reduzido e que o Moreirense, que o merecia, ameaçasse os três pontos do campeão em título.
No fim, já nos descontos, chegou o terceiro, com Marega a voltar aos sorrisos e com a equipa novamente em comunhão com a plateia.