Ainda não foi de forma incólume, como não foi em qualquer dos jogos já realizados nesta temporada, mas o Braga voltou aos triunfos este domingo, arrancando um duro triunfo diante de um Aves que esteve em vantagem mas não a conseguiu segurar face à boa reação minhota ao golo de Defendi. Wilson Eduardo, Palhinha e Dyego Sousa deram o triunfo minhoto e deixaram o Braga em igualdade com os restantes três do topo da tabela.
A equipa bracarense voltou a ter dificuldades, depois de dois jogos sem vencer (e com uma eliminação europeia para lamentar), com muito tempo de sofrimento, a ver as oportunidades escaparem e a ver o Aves a procurar explorar os erros dos minhotos e a deixar leves ameaças até ao golo que chegaria mesmo, já pelo segundo tempo. Para que os adeptos bracarenses pudessem festejar, teriam de esperar muito...
No primeiro, viu-se desde logo uma estratégia defensiva bem montada por José Mota, a causar dificuldades aos avançados bracarenses. Ainda assim, numa bola parada, Dyego Sousa obrigou Beunardeau a uma defesa de destaque, com a novidade João Palhinha, titular pela primeira vez, a acertar no ferro já depois da meia hora. Pelo meio, tentativas de Elhouni e Derley, a darem sequência a jogadas atrevidas mas bem pensadas da equipa de José Mota.
Por curiosidade, o mesmo protagonista desse lance que intranquilizou os adeptos aumentou ainda mais os níveis de preocupação em Braga um pouco depois: Elhouni a trabalhar muito bem dentro da grande área e a servir Defendi, que de cabeça silenciou o Municipal de Braga à exceção da secção da bancada destinada aos avenses.
Muitos assobiavam, temiam novo tropeção e com razões para isso, mas a reação foi à guerreiros. Horta a falhar por muito pouco a igualdade logo depois do golo de Defendi e Wilson Eduardo a consegui-la de facto com um remate forte na sequência de um livre de Novais e com intervenção de Dyego Sousa.
Para não dar margem para dúvidas, Dyego Sousa também inscreveu o seu nome no marcador na sequência de um cruzamento de Claudemir e assim, quase de um momento para o outro, os apuros transformavam-se em conforto. E só não deu em goleada porque o mesmo Dyego Sousa viu a bola embater na trave já perto do fim e João Novais também, num livre direto.
Mesmo sem o selo de goleada que chegou a espreitar nesses minutos finais, o resultado convenceu e, ao contrário do que aconteceu nos jogos anteriores, o Braga soube não deixar fugir a vantagem confortável depois de a ter conquistado com esforço.
3-1 | ||
Wilson Eduardo 60' João Palhinha 64' Dyego Sousa 78' | Rodrigo Defendi 52' |