Rasteira de Warda provoca tropeção no primeiro assalto

Vida mais complicada para o Benfica chegar à fase de grupos da Liga dos Campeões. O empate dos encarnados na receção ao PAOK (1x1) deixa a equipa helénica numa posição mais confortável para encarar a segunda mão do 'play-off', em Salónica, mas ainda há meio caminho para percorrer...

Pizzi tanto bateu que furou

Conhece o provérbio português 'água mole em pedra dura tanto bate até que fura'? Talvez seja o mais indicado para descrever a primeira parte do Benfica frente ao PAOK. Com uma equipa cada vez mais rotinada – apenas uma alteração (Zivkovic no lugar de Salvio) -, as águias tanto insistiram que conseguiram furar a baliza do 'gigante' Paschalakis.

Após vários momentos em que o desperdício chegou a ser desesperante para quem assistia nas bancadas, sobretudo o remate ao lado de Pizzi, ao minuto 22, completamente solto e bem posicionado para abrir o marcador, o golo surgiu de bola parada, por intermédio de... Pizzi.

O médio protagonizou um autêntico festival de oportunidades desperdiçadas, entre os 22 e 28 minutos, com quatro (!) bons lances para abrir o livro. Ao lado, à barra, à figura de Paschalakis... De todas as formas. Até que uma grande penalidade, a castigar falta de Maurício sobre Gedson, permitiu ao camisola 21 colocar a bola no fundo das redes helénicas.

O golo em cima do apito para o intervalo permitia ao Benfica libertar um pouco mais a pressão no segundo tempo e obrigava o PAOK a fazer mais do que fez ao longo de 45 minutos: 0 remates à baliza de Odysseas Vlachodimos.

Pizzi deu vantagem ao Benfica ©Carlos Alberto Costa

Paschalakis segurou e Warda complicou

O Benfica saiu dos balneários com o foco bem apontado para a baliza de Paschalakis. No entanto, o guarda-redes grego esteve irrepreensível entre os postes. Grimaldo e Gedson bem tentaram ampliar a vantagem, aos 56 e 65 minutos, respetivamente, mas não conseguiram bater o camisola 31.

Numa tentativa clara de contrariar o crescimento das águias na partida e ir em busca do empate, Lucescu lançou Warda, que teve uma passagem fugaz pelo Feirense, e a aposta revelou-se mais do que acertada por parte do treinador romeno.

O extremo egípcio não só deu mais dinâmica ao flanco esquerdo do ataque do PAOK, muito bem apoiado pelo português Vieirinha, como foi o responsável pelo primeiro e único remate da equipa visitante à baliza de Vlachodimos. Por azar do Benfica, a bola entrou, depois de, numa primeira instância, Fernando Varela ter enviado a bola à barra.

O empate com golos beneficiava muito mais a turma grega e por isso Rui Vitória decidiu juntar Seferovic a Ferreyra na frente de ataque do Benfica. O avançado argentino, que cumpriu os 90 minutos, teve nos pés oportunidade soberana de fazer o 2x1, mas... desperdiçou. Faltou, porventura, confiança ao avançado argentino.

Com este empate, a missão está agora mais complicada para o Benfica. As águias visitam a Grécia no próximo dia 29 e já sabem que estão obrigadas a fazer golo(s).