Entrou com tudo nesta temporada, abriu caminho com um hat-trick na jornada inaugural e já lá vão quatro golos em dois jogos. Sem abdicar da batuta do meio-campo, que parece ter voltado a assumir como antigamente, exibiu mais uma vez a sabedoria de quando e onde aparecer para finalizar e juntou mais um golo à lista.
Não é Jonas. E quem diz que isso tem que ser linearmente negativo? Sabe que não é Jonas, sabe também que traz algo diferente ao jogo. Joga simples, de forma vertical, e embora seja refém de um sistema em que está muito sozinho no ataque, defende-se atacando e lutando para segurar as bolas. Foi batalhador e eficaz no lance em que abriu o marcador, aproveitando da melhor forma um erro adversário.
Mais um jogo em que fez bem mais de positivo do que de negativo (que continua a fazer por vezes, mas sem comprometer). As receções foram de classe, as diagonais perigosas, os arranques pela ala deixavam Talocha ou quem surgia pela frente em apuros. No extremo oposto houve Cervi também em plano positivo, mas a assistência e vários momentos de particular classe tornam inevitável a presença de Salvio neste espaço.
Várias manchas imensas, a mostrar qualidade para corresponder mesmo num jogo de grau elevado de exigência, como este foi. Destacaram-se em particular as defesas a remates de Salvio e a evitar um auto-golo de Talocha. Adição segura à equipa de Jorge Simão, até indicações em contrário.
Foi um daqueles jogos em que, sem ter trabalho por aí além a nível defensivo, pôde ser ousado e dar ao jogo alguns pormenores para muitos inesperados. Uma tentativa de remate acrobático que podia ter dado em golaço, uma ou outra finta de qualidade, incursões ambiciosas e não comprometedoras. Está num bom momento e não é de um jogo para o outro que deverá perder o lugar para quem chegar (Corchia, fica o aviso...).
Parece ser uma boa adição à defesa do Boavista e tem características de patrão de uma linha defensiva. Sem ser exuberante, demonstra ponderação e inteligência tática, resolvendo os problemas de forma simples, sem complicar. Bola para a frente quando era para ser, bola para as linhas laterais quando necessário, um central eficaz à antiga.
Foi o grande responsável pelo primeiro golo, demonstrando demasiada inocência, e teve sempre problemas contra os benfiquistas que lhe surgiam pela frente. Pecou em particular nos alívios, mas demonstrou limitações no geral. Terá ficado a suspirar por um jogo menos difícil.
Muito agressivo em alguns momentos, destacando-se uma entrada duríssima sobre Gedson que deu num amarelo que ameaçou ser de outro tom. Também ele foi insuficiente a nível defensivo e, além disso, ficou pertíssimo de um auto-golo que seria inaceitável (valeu o guarda-redes boavisteiro a salvar).
0-2 | ||
Facundo Ferreyra 35' Pizzi 62' |