Novamente com dificuldade, mas novamente com os três pontos. O Sporting voltou a ter uma exibição abaixo das suas capacidades, mas conseguiu vencer o Vitória de Setúbal por 2x1. Nani foi o herói da partida com dois golos, num jogo pobre em que ficaram, uma vez mais, evidentes as dificuldades leoninas no meio-campo. Com o jogo empatado e sem desatar, a entrada de Jovane Cabral voltou a fazer a diferença.
Com o campeonato de volta a Alvalade, esperava-se muito mais do Sporting. Os leões tinham deixado uma imagem algo pálida em Moreira de Cónegos, mas com mais uma semana de trabalho e de regresso a casa, a equipa de Peseiro tinha vontade de juntar uma boa exibição ao triunfo.
Os setubalenses não acusaram em nada o golo e não mudaram uma única linha na estratégia desenhada por Lito Vidigal, aumentando apenas os indíces de intensidade e agressividade, que ajudaram a equipa a manter-se coesa e a não permitir situações do golo, que acabou por surgir, mas para os sadinos. Quase do céu, Zequinha aproveitou a falha de Salin e voltou a marcar pela equipa do seu coração. Os problemas sportinguistas começaram a ficar cada vez mais evidentes.
Tal como na primeira partida, viu-se um Sporting a jogar praticamente como se o meio-campo não existisse. O futebol leonino baseou-se em bolas longas para Bas Dost (que evolução a jogar de costas para a baliza) e em algumas tentativas de cruzamento, todas frustradas. Battaglia e Misic não estavam a conseguir fluir jogo com qualidade, talvez por falta disso mesmo, qualidade com a bola nos pés.
Quando o intervalo chegou, os adeptos leoninos assobiaram. Provavelmente, os apupos foram direccionados à equipa de arbitragem, mas dificilmente algum adepto estaria satisfeito com este tipo de futebol praticado pela sua equipa. Havia muito a melhorar para a equipa de Peseiro conseguir levar de vencida a de Lito Vidigal, que tinha deixado algumas ameaças de contra-ataque após o golo marcado.
A demonstração da primeira parte dava dores de cabeça a Peseiro, que foi forçado a tirar Bas Dost por problemas físicos (Montero chegou a aquecer antes da partida). A saída do holandês não trazia boas perspetivas para os leões, que, no regresso dos balneários, voltaram a ter o controlo do jogo, mas sempre sem a qualidade necessária.
A ver o mesmo filme da primeira parte, Peseiro ter-se-á lembrado do jogo de Moreira de Cónegos, onde a entrada de Jovane Cabral foi fundamental para mudar o jogo. O cabo verdiano entrou e o que aconteceu foi isso mesmo. O jovem trouxe velocidade, irreverência e um cruzamento perfeito para a cabeça de Nani, que bisou e colocou os leões em vantagem. Curiosamente, 11 anos a separarem dois jogadores com inícios de carreira parecidos, ambos pelas mãos de Peseiro.
Com o Sporting a ter alguns momentos de intranquilidade, os sadinos tentaram forçar o erro e procurar o empate. A equipa de Lito Vidigal subiu no terreno, mas acabou por não criar situações de perigo e foi o Sporting quem conquistou os três pontos. A qualidade de jogo voltou a ser pouca, mas os seis pontos acabam por ser o mais importante a retirar destas duas primeiras jornadas. Agora vem aí o dérbi na Luz..