O treinador do Benfica mostrou-se pouco surpreendido com o rendimento do jovem Gedson Fernandes, que apareceu no onze esta época e que, em Istambul, marcou pelos encarnados.
Para Rui Vitória, esta era uma realidade esperada «pelo rendimento que ele tem vindo a ter desde o primeiro dia de trabalho», mas a questão serviu para o técnico dar a sua visão sobre a política que o clube tem adotado e que permitiu que muitos jovens da formação tivessem oportunidades.
«No Benfica, parece que se tornou fácil o surgimento de jogadores... Não é só chegar aqui, estalar os dedos e já está. Digo isto com algum orgulho e menos vaidade. Mas esta questão dos ex-juniores que chegam à equipa principal, por mais voltas que se dê... Há qualidade, é um facto, mas jogadores de qualidade há em todo o mundo, formações de qualidade há em todo o mundo, instalações de qualidade há em todo o mundo, modelos de jogo em qualidade há em todo o mundo... No Benfica, sempre houve jogadores de qualidade durante muitos anos. Aliás, amanhã vamos jogar com um jogador que é um craque e que já era um craque quando aqui estava, que é o David Simão, contra quem vamos jogar...», disse, continuando em seguida com uma questão.
«Sabem qual é a diferença? É a porta aberta na equipa principal. Se abrir a porta, tudo faz sentido. Se não abrir, não faz. E depois é tudo aquilo que o jogador apreende e aquilo que lhes é transmitido. Não passou a ser fácil. É a porta aberta e o envolvimento que se dá aos jogadores que faz a diferença», continuou.
E sentenciou, no caso de Gedson: «Este caso é claramente um exemplo de um jogador que aprende rápido, que foi ensinado rápido e isso é que faz toda a diferença».