Missão cumprida. Depois da vitória por 1x0 no Estádio da Luz, o Benfica foi à Turquia empatar a uma bola e segue para o play-off da Liga dos Campeões. Os encarnados colocaram-se em vantagem através de um golo de Gedson e apesar do golo sofrido antes do intervalo, a equipa de Rui Vitória acabou por não ver a passagem à próxima fase verdadeiramente ameaçada.
Com uma exibição de maturidade e controlo, o Benfica foi sempre superior ao Fenerbahçe em toda a eliminatória e passa com justiça à próxima fase. Gedson esteve em grande nível numa partida em que o Benfica não consegue vencer, mas consegue o mais importante, o apuramento. Agora, venha daí o PAOK.
Com a vantagem na eliminatória, o Benfica entrou em campo com a estratégia bem estudada. A equipa de Rui Vitória soube aplicar as ideias que trazia para esta partida e controlou sempre a primeira parte do encontro. Com inteligência e maturidade, os encarnados foram superiores ao Fenerbahçe e apenas o golo da equipa turca já próximo do intervalo veio colocar alguma incerteza na eliminatória.
Quando a pressão turca não permitia ao Benfica jogar curto, não houve problemas em jogar longo em Castillo. O chileno estreou-se a titular e enquanto esteve em campo (saiu lesionado depois aos 30 minutos) deu boas soluções atacantes à equipa, ficando na retina pelo lance do golo. A jogada foi bem construída pela direita e o toque do chileno após o passe de Salvio fez toda a diferença. Gedson foi inteligente, continuou o movimento e aproveitou a lentidão na reação da defesa turca para dar vantagem na eliminatória e ainda mais segurança aos encarnados.
A lesão de Castillo veio retirar algum poder de fogo atacante, mas o Fenerbahçe caiu de rendimento com o golo sofrido e permitiu ao Benfica ter bola durante o que restava da primeira parte. Os encarnados estavam a controlar por completo, por isso o golo de Potuk, já perto do intervalo, acabou por ser algo surpreendente e por colocar alguns pontos de interrogação numa eliminatória que, ainda assim, estava nas mãos dos encarnados.
Com 45 minutos para gerir o resultado, o Benfica conseguiu criar algumas ocasiões de perigo no reatar do encontro. Sem conseguir finalizar, a equipa de Rui Vitória começou a sentir a pressão e deixou o Fenerbahçe crescer e acreditar a cada bola perdida pela equipa encarnada, que foi jogando mais recuada no terreno à medida que o tempo foi passando.
Passado o período de maior assédio, Rui Vitória equilibrou a equipa e o Benfica voltou a ficar por cima do jogo, conseguindo recuperar bolas novamente em zonas subidas que foram permitindo saídas para contra-ataque, que só não sentenciaram a partida devido a algum cansaço e falhas na definição.
Antes da partida, Rui Vitória tinha dito que comprava um empate a três bolas, que significaria que os encarnados seguiam em frente. Com menos golos marcados e menos sofridos, o importante foi o empate que apura o Benfica para a eliminatória seguinte. Depois de eliminar o Fenerbahçe, só o PAOK separa as águias da fase de grupos da Liga dos Campeões.