Chegou, como todos, para ajudar no pormenor e já dá música ao Marcolino

Figura secundária mas importante em Setúbal, Edinho guardou para este defeso uma mudança de ares, regressando ao Norte do país para ingressar no Feirense. Com algumas dificuldades na finalização patenteadas na época passada, os fogaceiros já agradecem a chegada da nova referência ofensiva, que precisou de 10 minutos para dar música ao novo estádio. 

Na primeira aparição oficial, o avançado entrou a todo o gás, denotando inspiração individual e comprometimento e conhecimento coletivo - no primeiro lance, soube estar bem colocado no primeiro poste; pouco depois, atacou da melhor forma a profundidade atacante para finalizar com classe. Num lance tirado a papel químico do primeiro tento, só não houve direito a hat-trick porque o guardião contrário respondeu à altura. 

Para além da magia do golo, o avançado deu sempre a ideia de estar ligado ao resto da equipa, procurando os colegas para tabelar e ajudar nos momentos em que a pressão leixonense obrigava a trabalho de sapa dos homens mais criativos. No final, saiu cansado, recompensado por uma música que já não precisa de ensaio geral para estar na ponta da língua dos fogaceiros. Nesta partida, «foi Edinho que tramou» o Leixões. 

Manta elogia e dá sentido coletivo 

Com a passagem à fase de grupos, Nuno Manta era um treinador feliz. O timoneiro fogaceiro, questionado pelo zerozero acerca da importância de um jogador como Edinho para suprir os pecados da época passada (Feirense perdeu vários pontos no tal pormenor), elogiou o novo elemento, não deixando, contudo, de dar um sentido coletivo. 

«O pormenor faz a diferença. Quando contratámos o Edinho sabia que as características dele podiam ajudar a equipa em certas situações, mas temos outros jogadores que com a sua experiência e o seu pormenor vão ajudar muito o Feirense», sublinhou, em conferência de imprensa.