Que belo início de época competitiva no Marcolino. Perante uma casa razoável, fortalecida de uma grande presença leixonense, o Feirense foi mais forte e bateu o rival de Matosinhos por 3x2.
Num jogo com um início absolutamente arrasador dos dois lados, ganhou a equipa mais equilibrada, aquela que soube agredir o adversário no momento certo. E os reforços brilharam, com Edinho a bisar na primeira aparição.
Começamos esta crónica por falar...sobre o primeiro lance da partida. O Leixões mostrou-se com vontade de atacar o adversário e, contra um topo a fervilhar de orgulho de Matosinhos, o cruzamento perigoso de Luís Silva teve, pelo menos, o condão de avisar Caio. Esta procura por um jogo ofensivo, sem grandes receios, acabou por ser um espelho de quase toda a primeira parte: para a frente, sem rodeios.
Apesar da tal entrada, a postura das duas equipas começou por castigar ferozmente os homens do Mar. Logo ao minuto três, Edinho ganhou ao primeiro poste e carimbou da melhor forma o início da sua aventura no Marcolino. E o pior para a turma de Filipe Gouveia é que o poder concretizador do internacional por Portugal não parou antes do quarto de hora, com o dianteiro a finalizar uma jogada rápida fogaceira que pareceu ser precedida de uma irregularidade - os protestos foram muitos e, de facto, o elemento do Feirense não deu muito espaço para a cobrança do livre...
Sem ficar assustada com o início algo traumático, o Leixões voltou a denotar coragem no seu jogo e a astúcia acabou recompensada. Através de uma grande penalidade, Bura reduziu e deixou o topo leixonense em êxtase. Pouco depois, Ofori, num remate cruzado, obrigou Caio a uma das defesas da tarde.
Como não poderia deixar de ser, e após 25 minutos de muita luta, alma e, aqui e ali, alguma rispidez na disputa dos lances a meio-campo, a partida acalmou. Ambas as formações continuaram fiéis a uma atitude positiva na partida, pertencendo ao Feirense o lance de maior perigo, com Edinho a quase reproduzir na íntegra o lance do primeiro golo; desta vez, Tony parou o avançado luso. Nada mais a contar...
Com Breitner numa zona mais adiantada do meio-campo, o Leixões entrou na segunda parte com vontade de continuar a causar estragos à defensiva fogaceira. Em relação ao primeiro tempo, e de uma forma compreensível, dada a fase prematura da temporada, não houve tanto jogo ofensivo, com a turma de Nuno Manta a ter outra capacidade de segurar o futebol objetivo e rápido do Leixões.
Sempre disposto a sair em transições rápidas, aproveitando a velocidade dos alas e a capacidade de Edinho a jogar de costas, o Feirense acabou por chegar ao terceiro, atirando o Leixões para uma posição de alguma impotência. Tiago Silva e Babanco construíram para Sturgeon, após tirar de um caminho um adversário, colocar de pé esquerda a bola na gaveta. Tudo mais difícil para os homens do Mar.
A partir daí assistiu-se a uma partida completamente diferente, com um Leixões a não apresentar soluções perante um Feirense mais organizado, sem bola, á espera do melhor momento para construir a transição com calma - Tiago Silva foi muito importante no momento de amarrar a equipa pelos colarinhos.
Antes do final, perante um Feirense já a olhar para a próxima eliminatória, e já depois de Evandro Brandão ter obrigado Caio a uma bela defesa, Breitner deu um colorido mais equilibrado ao placard. Segue o Feirense, o Leixões cai de pé, o futebol ganha. Bom presságio para 2018/2019 no Marcolino.
3-2 | ||
Edinho 3' 10' Fábio Sturgeon 56' | Bura 13' (g.p.) Breitner da Silva 90' |