O médio alemão Mesut Özil, que representa o Arsenal, anunciou um adeus à condição à seleção alemã, na sequência das reações a uma fotografia com o presidente turco Recep Tayyip Erdoğan, assim como devido ao tratamento de que sente ser alvo por parte da Federação devido à sua ascendência turca e, na perspetiva do atleta, às suas opiniões favoráveis à imigração e ao multiculturalismo na sociedade alemã.
«Devidos aos recentes acontecimentos, não voltarei a jogar pela Alemanha enquanto sentir que sou alvo de racismo e desrespeito. Antes, usava a camisola do meu país com orgulho, mas agora não. Quando até os altos dirigentes da federação me tratam como trataram, desrespeitando as minhas origens turcas e tornando-me, de forma egoísta, num objeto de propaganda política, não tenho outra opção», referiu o jogador numa publicação nas redes sociais.
A 13 de maio, em Londres, Özil posou para uma fotografia com o médio Ilkay Gündogan, do Manchester City, e com o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, que estava em campanha política para a reeleição (foi reeleito a 24 de junho). A conotação política associada à imagem adensou a crise entre Özil e a Federação alemã, que chega agora ao desfecho indicado.
Özil, de 29 anos, somou 92 internacionalizações e 22 golos pela seleção alemã, tendo como ponto mais alto a conquista do Mundial em 2014.
The past couple of weeks have given me time to reflect, and time to think over the events of the last few months. Consequently, I want to share my thoughts and feelings about what has happened. pic.twitter.com/WpWrlHxx74
— Mesut Özil (@MesutOzil1088) 22 de julho de 2018
II / III pic.twitter.com/Jwqv76jkmd
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III / III pic.twitter.com/c8aTzYOhWU
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