Reforços, regressos e as promessas: um argentino a marcar e um miúdo a dar cartas

No segundo teste da temporada, marcado pelo empate frente ao Vitória Futebol Clube (1x1), Rui Vitória colocou três reforços de início - Odysseas, Conti e Ferreyra -, dando a oportunidade a mais caras novas no segundo tempo, incluindo Ebuehi. João Amaral voltou a não ir a jogo.

Houve também espaço para alguns jogadores que estiveram cedidos na última época mostrarem serviço e ainda três jovens que prometem um futuro risonho.

O zerozero esteve no Bonfim e faz-lhe agora, em traços muitos gerais, a apreciação individual de cada uma das 'caras novas'.

Os reforços...

• Odysseas: SEM ESPAÇO PARA BRILHAR
  No jogo de estreia com a camisola dos encarnados, o ex-Panathinaikos não teve muito espaço para se mostrar entre os postes. O Vitória Futebol Clube teve sempre muitas dificuldades para chegar à baliza defendida pelo guarda-redes germânico, que, curiosamente, fez apenas uma defesa, vistosa, diga-se, num lance em que viria a ser assinalado fora de jogo a Valdu Té.
   
• Conti: PRECIPITADO
  O central argentino voltou a ser titular ao lado de Jardel, no lado direito do eixo defensivo, e revelou novamente algumas fragilidades na abordagem aos lances. Alguns passes mal medidos, mau posicionamento em determinados momentos e sempre com receio de arriscar para lá do passe curto e lateralizado. Ainda está a habituar-se a uma nova realidade.
   
• Ferreyra: UM GOLO PARA ADEPTO VER
  Após uma primeira aparição discreta, em que o entendimento com Jonas não foi o melhor, Facundo Ferreyra voltou a não entender-se na perfeição com o brasileiro, mas com a diferença de ter deixado a sua marca neste segundo jogo de águia ao peito. Apareceu bem na área sadina para finalizar de cabeça.
   
• Chiquinho: LUTADOR
  As boas indicações deixadas nos poucos minutos frente ao FK Napredak não passaram em claro a Rui Vitória. O treinador dos encarnados 'ofereceu' mais minutos ao médio ex-Académica de Coimbra e a resposta voltou a ser positiva. Não foi exuberante, mas foi esforçado. Lutou muito no meio-campo pelo seu espaço.
   
• Castillo: A BOLA NÃO CHEGOU
  Depois do golo apontado na estreia, o avançado chileno passou ao lado do jogo. Não por falta de vontade, diga-se. A verdade é que o Benfica teve muitas dificuldades para chegar à baliza do Vitória no segundo tempo e mais ainda para fazer chegar o esférico ao seu avançado. Faltou apoio a Castillo.
   
• Ebuehi: DEU PARA A ESTREIA
  Chegar, treinar e jogar. Ebuehi chegou ontem ao estágio do Benfica a tempo de cumprir as duas sessões de treino e jogou esta sexta-feira pela primeira vez com a camisola das águias. Não deu para ver muito do internacional nigeriano, apenas que é um lateral de forte propensão ofensiva.
   
• Alfa Semedo: ENTROU BEM, MAS FOI CAINDO
  Alfa não teve muito tempo de jogo desta vez – entrou ao minuto 73 – e teve uma prestação irregular. O médio recrutado ao Moreirense começou bem, com algumas movimentações interessantes, mas foi caindo de rendimento. Veja-se o passe errado que criou uma situação de perigo iminente a favorecer o Vitória FC em cima do apito final.
   
• Lema: POUCO TEMPO
  Sete minutos em campo não dá para mostrar grande coisa. Lema voltou a entrar para o lado esquerdo do eixo defensivo e esteve num lance que suscitou alguma polémica na parte final, ao travar Allef na área encarnada. O árbitro nada assinalou, mas fica a ideia de que o lance era merecedor de castigo máximo.

Os regressos...

• Yuri: NEM TUDO CORREU BEM
  Algumas combinações interessantes pelo corredor esquerdo, mas os cruzamentos não saíram bem. Faltou-lhe também um pouco mais de intensidade, algo que vai ganhar com o tempo.
   
• Lisandro: SEGURO
  Nova exibição regular de Lisandro, que regressou de um empréstimo sem sucesso ao Internazionale. Não comprometeu.

Os 'miúdos'...

• Gedson: TALENTO
  Excelente jogo do jovem médio no meio-campo do Benfica. Um dos melhores. Gedson esteve sempre à procura de dar linhas de passe aos companheiros e foi um osso duro de roer para os adversários, que tiverem sempre muitas dificuldades para lhe roubar a bola. Teve pormenores muito interessantes e o público respondeu com palmas. Que pulmão!
   
• Heriberto: INCONSEQUENTE
  Teve mais tempo de jogo esta sexta-feira, mas teve algumas dificuldades para desequilibrar pelo corredor direito. Procurou de forma insistente passar do exterior para o interior, sem sucesso.
   
• João Félix: NÃO CORREU BEM
  Os bons sinais deixados no primeiro jogo do Torneio Internacional reforçaram tudo aquilo que tem sido dito sobre João Félix: é craque! Não há dúvidas. Mas neste segundo jogo as coisas não saíram tão bem ao jovem criativo. Faz parte.