Na sua rubrica na revista Dragões deste mês, o presidente dos dragões falou em particular sobre os recentes acontecimentos no Sporting e garantiu ter informado os leões de que não existiria qualquer aproveitamento por sua parte.
«Tal como tinha acontecido em 1994, por ocasião de um igualmente período crítico no Benfica, altura em que telefonei ao então presidente Jorge de Brito a garantir que o FC Porto não se iria aproveitar desse momento para contratar jogadores do Benfica, também agora informei o presidente do Sporting de que o FC Porto não seria o destino de qualquer jogador que rescindisse. Mas, porque se avizinhava uma AG para votar a destituição do presidente, fiz questão de informar dois distintos e amigos sportinguistas de que o FC Porto não se aproveita das debilidades momentâneas que um seu rival possa ter. E assim liguei a José Maria Ricciardi e a Eduardo Barroso, tendo-lhes dado a minha palavra de honra de que, apesar de vários empresários nos estarem a oferecer atletas, não iríamos contratar um só jogador que tivesse rescindido contrato com o Sporting», sublinhou.
Por comparação, o dirigente azul e branco fez questão de deixar uma indireta ao Benfica, a propósito da forma de abordagem ao momento delicado que se vivia em Alvalade.
«Ao mesmo tempo que o FC Porto dava garantias a um rival a passar por dificuldades, o que pode acontecer a qualquer clube num dado momento, o presidente do outro rival prometia aos seus consócios aproveitar-se da fraqueza alheia e fazer 'uma pequena loucura' para contratar jogadores ao Sporting. O que fica é o comportamento ético de quem representa os clubes», atirou.