Azul ou vermelho, qual vai ser a cor dominante na (meia) final?

*com Ricardo Lestre

Mais um duelo de titãs. O França-Bélgica promete e não é caso para menos. Falamos de duas das seleções que mais têm empolgado neste Rússia 2018, com vitórias estrondosas sobre outras formações igualmente apontadas como favoritas à conquista da competição. Agora, o fim está mais perto do que nunca. O próximo passo é a final e só há lugar para um...

Les Bleus na máxima força

Se algumas dúvidas surgiram face a algumas exibições menos conseguidas na fase de grupos, essas acabaram por ser dissipadas nas eliminatórias seguintes. A França vive um excelente momento de forma, a par do adversário, e tem provado que a qualidade do seu elenco se adapta a toda e qualquer circunstância.

O tradicional 4x2x3x1 tem dado os seus frutos e, ao que tudo indica, vai manter-se intacto. A melhor notícia para o selecionador gaulês surge com o regresso de Blaise Matuidi, ele que deve voltar à asa esquerda do miolo, depois de ter realizado, na mesma posição, uma performance notável diante da seleção argentina.

A Bélgica, por sua vez, vai exigir o dobro do setor defensivo. Pogba, na função de box-to-box, N'Golo Kanté e os restantes homens da retaguarda terão a difícil tarefa de parar o poder de fogo de Lukaku e Hazard e, ainda, a grande influência de Kevin De Bruyne no jogo dos diabos vermelhos.

O brilho é para manter

A prestação frente ao Brasil deixou água na boca e espelhou bem aquilo que o conjunto de Roberto Martínez é capaz de imprimir dentro das quatro linhas: um futebol de transição, rápido e eficaz.

Roberto Martínez tem surpreendido a crítica ©Getty / Shaun Botterill

A ausência de Thomas Meunier tornou-se numa grande dor de cabeça para Martinez que, segundo os meios de comunicação locais, vai proceder à alteração do habitual esquema tático (3x5x2). No 4x4x2 idealizado, a espinha dorsal vai ser preenchida com defesas de raíz, fazendo com que Chadli e Ferreira-Carrasco ocupem os flancos como médios.

No centro, Witsel e De Bruyne prometem causar o pânico entre os seus marcadores diretos e indiretos. Isto porque a ideia de jogo vai manter-se assim como a procura da profundidade.

Curiosamente, ao lado do selecionador, vai estar um aliado que, em condições normais, seria inimigo: Thierry Henry.