*com Ricardo Lestre
Estrondoso. Não está arredada da competição, mas a Argentina comprometeu seriamente, esta quinta-feira, as oportunidades de seguir em frente ao perder frente a uma fantástica e já apurada seleção da Croácia. Cinzento, cinzento, o futuro do emblema das Pampas...
Não que a primeira parte tenha sido propriamente mal jogada, mas a Argentina voltou a demonstrar a sua faceta mais negativa. Uma gritante falta de ideias na fase de construção – Banega é a solução que mais pode acrescentar neste aspeto -, e uma esperança enorme em torno dos pés de Lionel Messi. Ainda assim, muito mérito para o adversário.
⚠️4.ª goleada da 🇭🇷Croácia em fases finais de seleções:
2018 Mundial 🇦🇷Argentina [3-0] Vice-campeã do Mundo
2014 Mundial 🇨🇲Camarões [4-0]
1998 Mundial 🇩🇪Alemanha [3-0] Campeã Europeia
1996 Euro 🇩🇰Dinamarca [3-0] Campeã Europeia pic.twitter.com/wAwQgvCRvN
— playmakerstats (@playmaker_PT) 21 de junho de 2018
Em alguns momentos, a Croácia subiu de intensidade, pressionou de forma mais vincada e a solução foi… «chutão» para a frente. Algo que, numa seleção como a Albiceleste, parece, à primeira vista, impensável.
O perigo chegou, maioritariamente, dos flancos. Primeiro Perisic, logo nos primeiros instantes, obrigou Caballero a uma intervenção digna de registo. A turma de Zlatko Dalic adiantou as linhas de modo a encarar, olhos nos olhos, o adversário e conseguiu-o durante largos minutos.
Por sua vez, a Argentina ripostou através dos seus alas de serviço e poderia ter chegado ao golo por mais do que uma ocasião. Meza viu Lovren tirar-lhe o golo em posição frontal e, mais tarde, Enzo Pérez, depois de uma insistência de Acuña (um cruzamento seu chegou mesmo a beijar a trave contrária) pela esquerda, fez o impossível e atirou ao lado da baliza de Subasic.
Instantes antes do intervalo, Mandzukic voltou a assustar, mas, no primeiro tempo, ficou patente uma posse inconsequente e uma grande falta de fantasia do lado argentino.
Começou o segundo tempo e, num ápice, a Argentina viu-se em desvantagem. De forma, diga-se, inacreditável. Rebic colocou o conjunto croata na frente do marcador ao beneficiar de um erro colossal... de Willy Caballero. Ora, num lance que aparentemente parecia controlado, o guardião das Pampas acertou mal no esférico e levou-o bem «redondinho» para pé do atacante.
Algumas oportunidades foram surgindo de parte a parte, mas foi um dos pequenos maestros a roubar o protagonismo no final. Luka Modric, um dos melhores do mundo na sua posição, carimbou o resultado final... ao seu estilo. Caballero bem se esticou, mas o remate fantástico do jogador do Real Madrid levava selo de golo.
Ainda antes do final, houve tempo para mais. Rakitic, ele que tinha ameaçado de livre direto, tratou de estabelecer o resultado final em três golos sem resposta. Inacreditável e, no mínimo, estrondoso...