Depois dos erros (e das coisas boas)... há tentação para mudar do Engenheiro?

Do primeiro para o segundo jogo, em grandes competições de seleção, o tempo é curto, mas as mudanças são completamente livres. O empate contra a Espanha, nas palavras do técnico, acabou com nota seis para a seleção e, por isso, entre tudo aquilo que pode mudar, as escolhas iniciam aparecem como algo muito provável.

Além de contar com vários elementos acima dos 30 anos, e com outros que, nas suas respetivas equipas, foram obrigados a campeonatos e épocas muito exigentes, as possíveis mudanças têm razão de ser, também, na quase obrigatória gestão física que qualquer selecionador, por esta altura, tem de fazer. Por isso, por onde andarão as dúvidas do Engenheiro? O zerozero já deu o mote, desafiando o nosso leitor a escolher as mudanças (ou a manutenção) para a segunda partida...

Sendo praticamente certo que Patrício, a dupla de centrais, Raphael Guerreiro, William Carvalho, Bernardo Silva a Cristiano Ronaldo são mais ou menos indiscutíveis, as dúvidas assentam num possível melhor contributo de Ricardo Pereira (mais profundidade ofesniva em relação ao atual titular), Adrien (mais rotatividade do que Moutinho), João Mário (mais experiente e cerebral do que Bruno Fernandes) e André Silva (mais fixo e verdadeiro avançado do que Guedes). 

O que a história nos diz?

Pouco habituado à presença em em grandes competições no século 20, Portugal virou o paradigma ao contrário e passou a ser um dos clientes habituais de Europeus e Mundiais. Cada selecionador tem a sua forma de gestão do grupo, mas quase todos cederam á tentação de mudar após um primeiro resultado menos positivo. 

Paulo Bento foi o único que não mexeu após um mau resultado. Depois de perder diante da Alemanha, por 1x0, o antigo técnico do Sporting manteve a confiança e apostou numa equipa que viria a bater a Dinamarca, antes de parar apenas nos quartos. 

Scolari, em em 2004, e Queiroz, em 2010, foram dos que mais mudaram...e logo com bons resultados. O primeiro reagiu da melhor forma à derrota com a Grécia, batendo a Rússia por 2x0; o segundo, após empatar a zeros com a Costa do Marfim, goleou a Coreia do Norte por 7x0. Fernando Santos mexeu há dois anos, não gostou do resultado final, mas acabou com o caneco na mão, no final.